Marketing e Vendas

23 janeiro, 2017 • Marketing e Vendas

Vale a pena adotar o modelo freemium nos pequenos negócios?

Startups não são as únicas empresas que podem tirar proveito do modelo freemium de negócios. Para os pequenos empreendimentos, o freemium apresenta uma eficiente estratégia de publicidade.


Startups não são as únicas empresas que podem tirar proveito do modelo freemium de negócios


Quantas vezes você já fez download de aplicativos gratuitos no seu celular? Quantas vezes instalou programas no computador ou acessou serviços online também gratuitos? Agora mesmo, é possível que você esteja ouvindo músicas gratuitamente no Spotify. Em todas essas situações, as empresas que oferecem tais serviços ou produtos geralmente adotam um modelo de negócio chamado freemium, termo resultante da combinação free + premium.

Embora tenha se popularizado recentemente, a expressão freemium não é nova. Foi criada em 2006 pelo investidor norte-americano Fred Wilson. Consiste basicamente em oferecer parte de um serviço gratuito para um grande número de usuários, com a possibilidade de estes migrarem para uma versão paga com mais funcionalidades. O modelo caiu nas graças das startups nos últimos anos porque os serviços com base na internet têm a vantagem da escala, ou seja, teoricamente não têm limitações no número de pessoas atendidas.

Mas as startups e outras empresas de alta tecnologia não são as únicas a tirar vantagem desse modelo de negócio, que pode ser adaptado a muitos segmentos da economia. “Os pequenos negócios podem se valer deste formatocomo uma estratégia eficiente de publicidade, pois, com o cliente dentro da loja, é mais fácil converter o atendimento em venda”, afirma a analista do Sebrae Daniela Rodrigues.

Retorno certo e imediato

O empresário Fernandes Dias, proprietário da Auto Center Dias, de Campo Grande, viveu a experiência freemium recentemente e a aprovou sem ressalvas. A empresa foi uma das 20 oficinas mecânicas que participaram do Circuito IVG (Inspeção Veicular Gratuita) na Rota do Desenvolvimento, em novembro de 2016. Durante o evento, as oficinas oferecem serviços 100% gratuitos de inspeção veicular em itens como suspensão, eletrônica, embreagem, escapamento, faróis e lanternas, freios, pneus, entre muitos outros.

Fernandes conta que tudo começou a partir do contato que teve com o Programa ALI (Agentes Locais de Inovação), a partir do qual passou a fazer parte do projeto Serviços Automotivos, conduzido pelo Sebrae com o apoio da Assorauto (Associação das Oficinas de Reparação de Veículos Automotores de Mato Grosso do Sul). “O Sebrae tem ajudado muito a nossa empresa com dicas preciosas sobre como melhorar a qualidade do serviço e formas de fidelizar nossos clientes. E a oportunidade de participar desse projeto foi excelente”, afirma.

De acordo com o empresário, a iniciativa mostrou-se muito vantajosa para o negócio, pois logo após a realização da inspeção, os proprietários dos veículos já demonstravam interesse nos serviços de reparo e manutenção. “Muitos deles já procuraram a nossa oficina para fazer os serviços apontados como necessários nos veículos. Portanto, a estratégia dá retorno certo e imediato, sem necessidade de esperar pelo longo prazo”, acrescenta, relatando que o investimento foi baixo comparado ao retorno: basicamente mão de obra e tempo.

Relação custo/benefício do modelo Freemium

Na opinião de Daniela, que é gestora do projeto Serviços Automotivos, o modelo freemium é perfeitamente aplicável tanto a produtos quanto serviços. “Um exemplo da aplicação para produtos é a distribuição de amostras grátis. No caso dos serviços, os centros de reparação automotiva são um ótimo exemplo, pois ofertam inspeção veicular gratuita como um atrativo para a captação do cliente nos períodos de férias, quando ele necessita fazer a revisão no veículo”, salienta.

Ela observa ainda que oferecer serviços em feiras e outros eventos é uma excelente oportunidade para captação de novos clientes, já que costumam reunir grande concentração de pessoas. É necessário, no entanto, avaliar o potencial do evento e se o público pode ser consumidor do produto ou serviço a ser divulgado.

Para a analista do Sebrae, antes de adotar estratégias freemium, o empresário deve analisar com muito cuidado a relação custo/benefício quanto às demais ferramentas de publicidade, bem como o que a empresa ganha ou perde com o modelo. “Dessa forma, o empresário deve colocar no papel quais serão os custos para a empresa, levando em conta o que será gasto no processo de produção ou de prestação do serviço”, alerta.

Para saber mais, procure o Sebrae.

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