Finanças

03 julho, 2017 • Finanças

Controlando finanças com o fluxo de caixa


Não importa o tamanho da empresa, o fluxo de caixa é o pulmão financeiro de todo negócio. Para que uma empresa se mantenha financeiramente saudável, ele precisa ser muito bem controlado. E, apesar de não ser um bicho de sete cabeças, muitos pequenos empreendedores encontram dificuldades no processo. Convidamos o contador Marcus Flora para explicar um pouco mais sobre como manter as rédeas do seu empreendimento fazendo um controle eficiente do fluxo de caixa.

O que é o fluxo de caixa?

O fluxo de caixa controla todas as receitas e despesas da empresa para que seja possível, a qualquer momento, visualizar a situação financeira do negócio. Didaticamente, Marcus explica que é preciso colocar todas as receitas e depois todas as despesas e, basicamente, fazer as despesas caberem dentro das receitas. “Desta forma, o fluxo de caixa dá visibilidade ao empreendedor, para que ele consiga ver de maneira simples, o que, quanto e como está entrando e saindo”, comenta.

Conservador nas receitas, ousado nas despesas

Marcus relata uma prática comum entre os profissionais da área de economia e que é muito valiosa para os empreendedores: “em todas as receitas, somos conservadores – isto é, tudo o que for extra nem entra no fluxo de caixa, as receitas acabam sendo arredondadas sempre para baixo. Já nas despesas, é importante sempre prever gastos que podem ou não acontecer e já deixar dinheiro reservado para cobrir esses custos”.

Periodicidade do fluxo de caixa

O fluxo de caixa pode ser feito em períodos diferentes, de acordo com a frequência da atividade do negócio, podendo ser mensal ou semanal.

“O fluxo de caixa é uma coisa viva, o empreendedor precisa olhar para o fluxo frequentemente. Se meu fluxo é mensal, preciso olhar para ele, no mínimo, duas vezes por mês para ver o quanto de receita entrou e o quanto de despesas saiu”. Com esse controle, o planejamento das suas despesas se torna muito mais fácil, pois é possível ver quando a receita entra e, desta forma, dá para se programar melhor com as despesas da empresa.

A sazonalidade também influencia na periodicidade do fluxo de caixa. “De acordo com a sazonalidade do negócio, o fluxo de caixa precisa ter uma grande preocupação na gestão de pagamentos, pois alguns períodos possuem receita mais alta do que outros. E nos períodos em que a receita é menor, o controle do fluxo de caixa tem que ser feito nos centavos”, alerta Marcus.

Quanto mais simples, melhor

Para fazer e controlar o fluxo de caixa, Marcus afirma que usar as tecnologias a favor ainda é a melhor escolha. “Hoje em dia não dá mais para ficar no papel e caneta. O ideal é ter uma planilha eletrônica”.

Independentemente do local em que essas informações serão colocadas, o ideal é que seja o mais simples possível, contendo apenas os valores que entram e que saem, sem precisar ter discriminação, como em um orçamento: “Se uma ferramenta te possibilita categorizar os custos e ganhos, é ótimo – mas não será um fluxo de caixa”.

Como manter meu fluxo de caixa saudável

Na visão do contador, caixa saudável é o caixa que tem dinheiro – ou seja, é preciso que o fluxo esteja sempre no positivo. Marcus lembra que o negócio pode ter oscilações na receita ao longo do ano, mas das despesas não. Por isso, é importante estar prevenido para os momentos mais fracos do ano em relação à receita da empresa.

Além disso, o que sobra da receita depois de subtraídas as despesas precisa estar de acordo com a atividade da empresa e com o lucro: “Se eu ganho 30% de lucro no meu produto, meu fluxo de caixa tem que ter esses 30% na minha receita acima da minha despesa. Assim, se eu tiver qualquer problema, minha empresa terá uma margem para sobreviver”.

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