Inovação e Tecnologia

30 julho, 2018 • Inovação e Tecnologia

Não é brincadeira: conheça a história de quem se deu bem no mercado de games

Segundo o estudo da Newzoo (uma das principais condutoras de pesquisas sobre a indústria de games do mundo), em 2017 o Brasil ficou primeiro lugar na América Latina no ranking das empresas que mais geram receita no segmento. Foram nada menos que 66,3 milhões de games e uma movimentação de US$ 1,3 bilhão.

Com um mercado que se expande dia a dia, muita gente está aproveitando para surfar essa onda. Gente apaixonada por jogos e que, muitas vezes, têm um caso antigo de amor pelo mundo eletrônico. Como o empresário André Santee, de 31 anos, que à frente da Asantee, realizou um sonho de infância: o de construir seus próprios jogos.

“Quando eu era criança, meu pai tinha um computador com vários clássicos, como o Pac Man. Lembro que ficava fascinado e gostava de imaginar um jogo ideal, com um pouco de cada detalhe que mais gostava. A ideia foi crescendo e, mais velho, passei a procurar como fazer jogos, lia livros de programação da biblioteca mesmo e, assim, fui aprendendo a programar”, relembra.

De lá para cá, muita coisa rolou e as experiências que André teve no mercado de tecnologia o prepararam para, em 2012, fundar a Asantee Games. Seu primeiro jogo autoral foi Magic Portals, para as plataformas Android e iOS.

O jogo fez um bom lucro para a empresa, o que motivou André a buscar um sócio e levar mais a sério a empresa. Junto do parceiro Bruno Fernandes, em 2013, eles lançaram o Magic Rampage, grande sucesso da Asantee. “O público foi aumentando e a estrutura também. Hoje sou responsável por várias frentes, como programação, game design, direção de arte, por exemplo. O Bruno fica com a parte administrativa e financeira, lida com os prestadores de serviço, atendimento. Temos um ilustrador e também algumas empresas parceiras e, ainda, seis tradutores ao redor do mundo para os jogos”, explica.

Para quem quer se envolver nesse mercado, André aconselha: correr atrás é fundamental e, claro, gostar muito do que se faz. “Parece brincadeira, mas é um trabalho muito dispendioso. Se você curtir o que está fazendo, no entanto, tudo flui muito mais fácil”, pontua.

mercado de gamesAlém disso, buscar informação é fundamental. É o que também acredita o empresário Rafael Costa, de 31 anos. À frente da Monomyto, empresa de games de Campo Grande, ele diz que a internet hoje pode ajudar muito nesse processo. “Comece a procurar conhecimento sobre a produção de jogos e veja o que mais te interessa em todo o processo. Hoje temos a internet cheia de conteúdos gratuitos. Aconselho também a profissionalização e estudo mais aprimorado da área. Existem muitos cursos EAD disponíveis”, explica.

A Monomyto surgiu basicamente da conversa entre dois amigos que viram uma grande oportunidade de trabalhar com produção de jogos. “Nós sabíamos exatamente do que precisávamos para poder criar um jogo devido à nossa bagagem em direção de arte, audiovisual, ilustração e produção 3D. Sendo assim, de pouco em pouco começamos a desenvolver ideias, buscar profissionais que pudessem somar ao time, buscar recursos financeiros, para de fato ter um empresa estabelecida”, conta.

O estúdio ficou reconhecido em 2017 por ser a primeira empresa brasileira de games a ganhar o Indie Prize, evento internacional que ocorreu em Seattle, nos Estados Unidos. O jogo Until Dead foi o grande vencedor na categoria de Melhor Jogo Mobile. Com ele, a Monomyto foi assunto nas principais publicações em mídias especializadas nacionais e internacionais, como UOL, Techtudo, IGN e, ainda, destaque na Google Play e finalistas no BIG Festival, evento internacional que acontece no Brasil, onde concorreram como Melhor Jogo Brasileiro.

Until Dead é um jogo freemium, uma das maneiras que as empresas utilizam para conseguir monetizar os games. “Nele, o jogador faz o download do jogo e pode jogar todo o conteúdo gratuitamente. Porém, para que o jogo seja financeiramente eficiente, devemos criar formas de persuasão e engajamento do jogador dentro dele, assim, quem joga com frequência, em algum determinado momento, sente-se à vontade para comprar algo dentro do jogo. Fazemos com todo cuidado para não ser invasivo ou explorador”, afirma.

Quem quiser saber mais sobre esse mercado deve ficar de olho na programação da Feira do Empreendedor do Sebrae/MS, que trará um bate-papo sobre o assunto no Living Lab MS.

O pré-credenciamento para a Feira do Empreendedor MS 2018 pode ser feito pelo site www.feirams.com.br, onde também está disponível a programação completa. Este processo antecipado agiliza a entrada de cada participante no evento, mas não garante vaga nas atividades da agenda, o que se dará por ordem de chegada, de acordo com a limitação de lugares nos espaços.

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