As lojas colaborativas são uma novidade no comércio. são como uma feira livre, mas dentro de uma loja. As empresas alugam um pequeno espaço dentro da loja por um custo fixo mensal e expõem seus produtos. A venda fica por parte das vendedoras da própria loja, que recebem consumidores diferentes todos os dias. Os produtos mais populares se mantêm na loja, enquanto os menos procurados saem para dar chance a novos produtos.
O conceito permite um novo ponto de venda dos produtos da sua empresa, além de servir de laboratório de testes para novos produtos. Se o protótipo de um produto fizer muito sucesso em uma loja colaborativa, você tem um bom motivo para produzi-lo em escalas maiores.
Em Campo Grande, a única representante desse seguimento é a Loja Casulo, aberta há quatro meses. O preço das lojas varia de R$ 45 a R$ 500 mensais, e atende todos os perfis de empresários. A empresária por trás de tudo isso é Wity Prado Carrilho, de 25 anos, que adaptou e desenvolveu todo o conceito de Loja Colaborativa para a realidade do mercado de Campo Grande.
Formada em moda e “personal stylist” por especialização, trouxe da experiência paulistana a vontade de empreender nessa área. Depois de um curso de administração de empresas no Senac, participou do projeto Nascer Bem, do Sebrae, e percebeu as chances desse tipo de empreendimento fazer sucesso por aqui.
“Muitas pessoas que entram comentam que a loja é diferente, tem de tudo um pouco. Para os comerciantes é muito vantajoso, pois você não precisa abrir uma empresa. Aqui nós oferecemos um local apropriado para comercializar o produto, principalmente porque não ganhamos comissão com as vendas. Também atendemos por encomenda, quando o consumidor entra, vê algum produto e prefere de outra cor ou modelo, aí entramos em contato com o colaborador e encomendamos o produto customizado conforme a vontade do cliente, personalizando a procura,” explica Wity.
Para Daiana Schio, proprietária do Ideias Especiais, uma das lojas do Casulo, o sistema colaborativo atendeu uma necessidade de sua empresa. “É uma ótima oportunidade para nós microempresários mostrarmos os nossos produtos em um lugar feito pra gente. Aliás, é a nossa primeira loja, antes só vendiamos pela Internet, tem sido uma boa experiência, lá é um shopping de criatividade, que reúne produtos e pessoas criativas em um só lugar. Isso acaba influenciando positivamente”, afirma a empreendedora.
Tathiana Ajala, da Star.T, de acessórios para mulheres, também está satisfeita com a nova forma de comercializar seus produtos. “Está sendo ótimo, a divulgação é boa, eu tenho agora uma vitrine física, porque eu tenho um site, mas não é a mesma coisa, então as pessoas vão lá, olham, compram, ou até encomendam outros produtos”, comemora.
Começo diferenciado
O convite para participar da loja também veio de uma forma diferente. “A Wity me mandou uma mensagem no Orkut, pedindo meu telefone. Depois a vendedora dela me ligou marcando um horário pra ir la conversar e falou que ela tava abrindo uma loja e tinha interesse de expôr meus produtos, pois ela já conhecia minhas produções. Então fui lá conversar e ela me explicou o conceito da loja, como funcionava. Eu fiquei interessada, pois eu tenho produção própria, mas tenho pouco estoque e ficaria caro abrir uma loja” , conta Tathiana Ajala.
Os interessados em conhecer como funciona uma loja colaborativa podem ir até a Casulo, que fica na Rua Arthur Jorge, 1054, em Campo Grande. Ou acessar a página no Facebook: http://www.facebook.com/casulo.lojacolaborativa
Fonte: Estação Sebrae Online
Foto: Divulgação