Desde que os casos de Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) começaram a ser confirmados pelo mundo afora, diversos eventos internacionais deixaram de acontecer. Dos esportes – com as Olimpíadas do Japão, por exemplo – à moda, com a Semana de Alta-Costura de Paris e o São Paulo Fashion Week – centenas de eventos foram cancelados como medida de prevenção ao contágio.
Mas não é só a elite do mundo fashion que tem sofrido os efeitos da pandemia. Tanto as grandes marcas, cuja divulgação acontece principalmente nos desfiles, quanto as menores, que expõem seus produtos em eventos locais ou vitrines, já estão precisando adaptar o tamanho de suas coleções. Além disso, os consumidores estão comprando menos; mais um fator para que as indústrias repensem as coleções para este ano e os varejistas de moda repensem seu relacionamento com o cliente e suas formas de vender.
Com as lojas fechadas por cerca de 10 dias e o retorno com horário reduzido, naturalmente as vendas caíram. Mas caíram também porque com a maioria das pessoas trabalhando e estudando em casa e com recomendações de evitar eventos sociais, os consumidores passaram a sentir menos necessidade de roupas e sapatos novos.
Relatório do IBGE aponta que o comércio varejista mostrou recuo de 16,8% em abril em relação a março e esse recuo atingiu todas as atividades, significando redução drástica nas compras de bens não essenciais: as vendas de tecidos, vestuário e calçados, por exemplo, tiveram queda de 60,6% em relação ao mês anterior e queda de 75,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Com o intuito de ajudar os empresários do setor do varejo de moda, como lojas de roupas, calçados e acessórios, separamos 3 dicas para tornar o estabelecimento/serviço mais seguro para todos nessa retomada das atividades neste novo contexto de consumo.
1 – Provadores
Cada cidade irá definir sobre a liberação ou não do uso de provadores, mas há um consenso geral de que devem ser interditados e não utilizados. Em contrapartida, o estabelecimento pode adotar um período estendido para a troca, além da possibilidade do cliente levar as peças para provar em casa. Há estudos que apontam, inclusive, que a chance do cliente ficar com a peça quando a prova em casa, combinando com as peças que já tem no armário, é maior do que provando a peça isolada na loja.
Se na sua cidade há decretos autorizando o uso dos provadores, fique atento às medidas de higiene e sanitização e é bem provável que você tenha que colocar um funcionário dedicado exclusivamente para isso.
2 – Estoques expostos
É comum e natural que o cliente queira manusear as peças expostas em araras, manequins, ilhas, colmeias e vitrines para sentir o tecido, ver detalhes de acabamento, entre outros. É importante manter a loja bem sinalizada, comunicando que, neste momento, o contato com as peças não é bem-vindo. Caso ocorra o contato, reserve a peça que foi manipulada separada das demais, proceda a limpeza e a desinfecção (borrifando álcool ou com um vaporizador e alta temperatura) e retorne a peça ao expositor após a secagem. Como esse processo pode demorar um tempo considerável, é importante ter mais de uma peça do mesmo modelo para substituir.
3 – Trocas e devoluções
Como já citamos acima, já que a recomendação é não liberar o uso do provador, a loja pode optar por estender o período de troca/devoluções. Além disso, é necessário ter uma área reservada do restante da loja para receber o cliente e fazer o processo de higiene e desinfecção da peça. É fundamental que que nenhuma peça retorne aos expositores sem passar por esse processo.
Essas são só algumas dicas gerais para garantir o mínimo de segurança para a retomada dos negócios. No entanto é fundamental que o empresário fique atendo às legislações locais e ás determinações do Ministério da Saúde e demais órgãos competentes. Além disso, existem diversas outras medidas que precisam ser observadas para a reabertura segura da sua empresa. Se você tem uma loja de roupas, calçados ou acessórios, acesse aqui a cartilha completa e específica com todas as orientações.
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