Ainda que o Brasil seja o segundo maior mercado do mundo no setor pet, com 5% da fatia do faturamento global, e que existam esclarecimentos de cientistas e especialistas de que cães e gatos não transmitem o coronavírus, empresas desse setor também sentiram os impactos da pandemia de Covid-19.
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae Nacional no início de abril mostrou que o segmento de petshops e serviços veterinários registrou queda de 51% no faturamento. Além disso, 54% das micro e pequenas empresas do setor declararam que mudaram o modo de funcionamento para se adaptar ao novo cenário, sendo que a maioria delas (74%) estão fazendo rodízio de funcionários e 15% realizam serviços via drive-thru.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, estabelecimentos como clínicas e hospitais veterinários, agropecuárias e pet shops podem manter os seus negócios funcionando, umas vez que atendem alimentação e saúde dos animais e são considerados serviços essenciais.
No entanto, o cenário é incerto e gera muitas preocupações e dúvidas. Com o intuito de ajudar os empresários do setor pet, separamos 5 dicas para tornar o estabelecimento/serviço mais seguro para todos nessa retomada das atividades diante deste novo contexto de consumo.
1 – Animais não transmitem coronavírus
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já divulgou que animais domésticos não são transmissores do vírus causadores da doença Covid-19. Qualquer informação que contradiga isso não deve ser levada em consideração. Sendo assim, também não é necessário que os animais utilizem máscaras de proteção. As máscaras devem ser usadas apenas por humanos, no contato ou não com os animais.
2 – Limpeza e desinfecção
Banheiros, áreas de espera em clínicas, veículos e acessórios de transporte animal devem ser limpos de hora em hora e de acordo com o uso. Laboratórios e áreas de internação devem seguir protocolos próprios.
3 – Adequando o atendimento
Remarque as consultas de rotina e invista no atendimento remoto, como redes sociais, WhatsApp e telefonemas. Este último, inclusive, pode ser usado para realizar triagem clínica de casos que não sejam classificados como emergência.
Para os atendimentos presenciais, oriente que vá apenas uma pessoa acompanhando o animal, que preferencialmente esteja fora dos grupos de risco (idosos, gestantes, etc).
Evite aglomerações em sala de espera, deixando-a com ventilação natural e reorganizando o espaço para garantir a distância de 2 metros entre os assentos.
4 – Cuidados com funcionários
Os funcionários não devem trabalhar no serviço veterinário com a roupa que usam no trajeto até o trabalho e todos devem estar devidamente treinados para orientar sobre processos de desinfecção e higienização, bem como utilizar EPIs (equipamentos de proteção individual).
5 – Suspensão/adequação de serviços
Se não houver decreto para suspensão de serviços não essenciais como banho e tosa, dogwalker, creche, day care, hotel e adestramento, é fundamental que os prestadores utilizem EPI durante o serviço e tempo com o animal, bem como respeitar a distância de 2 metros entre pessoas.
Essas são só algumas dicas gerais para garantir o mínimo de segurança para a retomada dos negócios. No entanto é fundamental que o empresário fique atendo às legislações locais e às determinações do Ministério da Saúde e demais órgãos competentes. Além disso, existem diversas outras medidas que precisam ser observadas para a reabertura segura da sua empresa. Se você tem um pet shop, uma clínica ou hospital veterinário ou uma agropecuária, acesse aqui e cadastre-se para receber uma cartilha completa e específica, com todas as orientações para o setor.
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