Cada pessoa reage de forma diferente frente a situações não rotineiras. Em uma empresa, a pressão por resultados, metas altas, prazos apertados, pode gerar estresse e ansiedade em alguns. Mas por outro lado, alguns profissionais trabalham melhor com esse método.
Tudo depende de como o cérebro enfrenta as situações. Em todos os casos como estes, o cérebro envia um estímulo que é capaz de produzir uma reação para encarar problemas, e quando esses sinais mentais são utilizados para a motivação, o funcionário consegue melhorar o desempenho no trabalho.
Para muitos, o esse estresse causa tanto desespero que o funcionário não sabe por onde começar a resolver o problema, e acaba travando o cérebro para soluções. De acordo com o empresário e consultor de recursos humanos, Marcelo Comparin, existem três tipos de comportamento quando alguém se depara com prazos apertados e grande demanda de funções. “Podemos comparar situações de crise com animais em uma selva pegando fogo. Um tipo de comportamento é quando o animal entra em pânico e sai correndo impulsivamente pela mata, machucando outros animais e se prejudicando. O segundo tipo é aquele que diante do fogo fica petrificado sem saber o que fazer. E o terceiro é aquele que vê a fumaça, prevê o fogo e com agilidade procura um local seguro, próximo à água”, compara.
Para enfrentar várias tarefas ao mesmo tempo é necessário ter organização e planejamento. Uma agenda já é um ótimo começo. Para o consultor Marcelo, é preciso ter uma missão, um objetivo maior, e diante disso traçar quais as metas menores devem ser realizadas para atingir o foco principal.
Não deixar de lado o lazer, bom sono e exercícios físicos também é essencial para manter a qualidade de vida e facilita transformar as emoções em motivações. Se você é do tipo que não consegue organizar a mente na mesma forma que uma agenda, não hesite em fazer uma lista escrita dos afazeres diários.
Quem não acredita que algumas pessoas trabalham mais e melhor com situações estressantes, uma técnica prova o contrário. É o Pomodoro, um método de gerenciamento de tempo desenvolvido por Francesco Cirillo no final dos anos 1980. Ele se baseia na corrida contra o relógio.
Para cada tarefa, o relógio é ajustado em 1 pomodoro, que equivale a 25 minutos. No final de cada pomodoro, tira-se um intervalo de 3 a 5 minutos e em seguida, o trabalho é retomado com mais 1 pomodoro, e assim segue durante toda a jornada de trabalho. Uma prática que pensa no bem estar do trabalhador. Mas os melhores resultados são de pessoas que baixaram esse programa e deixaram o relógio como um cronômetro regressivo na tela do computador. Isso estimula sinais de alerta ao cérebro, aumentando a agilidade mental que fornece uma resposta eficaz a um estado provocador de ansiedade. Muitos até ativam um barulho de “tic-tac” que é produzido enquanto o Pomodoro corre, para estimular ainda mais.
O funcionário não pode esquecer que produtividade não é fazer um maior número de tarefas num espaço de tempo mais reduzido. O bom desempenho tem a ver com o menor tempo que se leva para exercer uma atividade com qualidade.
Gabriela Paniago
Estação Sebrae