Ser dono do próprio negócio é, antes de tudo, ser líder de si mesmo. Ser o líder perfeito é muito mais do que assumir responsabilidades, é ter atitudes, ser mais humano e estar pleno em meio ao caos.
Ouvimos dizer que é na crise que é aflorado o melhor e o pior das pessoas, e, em meio à pandemia isso fica mais evidente em quem está frente às empresas. É o líder quem direciona a equipe e é o exemplo para todos. Se ele não está bem, a empresa também não estará.
Como está sua energia para permanecer confiante em meio a esse turbilhão de desafios? Olhar para si é um bom exercício para encontrar saídas e soluções.
A empresária, palestrante, escritora, executive coach e mentora de líderes, Joanna D’Arc Ales, explica que ser líder requer comportamento adequado diante dos liderados e das situações para obter bons resultados.
“O líder do século XXI, deve estar preparado para liderar as transformações que o mundo precisa e requer muito desenvolvimento e, principalmente autoconhecimento, para que o seu estilo de liderança possa fazer a diferença na vida das pessoas e ele entregue os resultados que a empresa precisa de uma forma diferenciada e dentro de uma proposta de valor”, enfatiza.
Ela também destaca que é importante um líder estar bem consigo mesmo antes de liderar.
“Eu defendo que a base da liderança eficaz, está na autoliderança e autoconsciência. Isto exige do líder, um trabalho pessoal de autoconhecimento para que consiga compreender quem é na essência e como está no momento. Se ele tem equilíbrio emocional a chance de exercer uma liderança positiva e humanizada é muito maior”, avalia.

Dianyffer
Para a empresária e proprietária da padaria Pandelli localizada em Campo Grande, Dianyffer Alcântara, liderança é bem diferente de chefiar.
“Eu sempre quis me tornar uma líder e não uma chefe. Liderar é saber atrair as pessoas e influenciar de alguma maneira, com bons resultados. É dar exemplo, ser referência. Sou daquelas que gosto de aprender a fazer, de estar junto fazendo, para inspirar a minha equipe”, pontua.
Ela explica aos colaboradores que a empresa é uma engrenagem e que, se um falhar, todos falham também. Mas se a Pandelli crescer, vai ficar bom para todo mundo.
A empresária também aponta qual a maior dificuldade de ser um líder: “A maior dificuldade é sempre tentar deixar a equipe engajada, com a auto estima elevada, com a concentração alinhada com as propostas da empresa. Eu preciso sempre lembrar a eles qual é a missão e a visão da empresa, aonde nós estamos e aonde queremos chegar. É preciso tentar manter a equipe alinhada constantemente com os valores da empresa”.
Em relação à pandemia, Joanna comenta que ela veio para quebrar e sacudir as estruturas, mas também para mudar o estilo e a forma que os líderes atuam.
“O estado de caos e medo convida a acionarmos uma das maiores competências para fazermos a gestão de qualquer crise ou dificuldade em nossas vidas, nos negócios e, porque não dizer, na transição planetária: a liderança”, analisa e complementa: “O líder precisa ter uma capacidade de escuta muito grande, porque ele deve desenvolver a habilidade de saber lidar com as dores e medos dos colaboradores, exercitar a empatia assertiva sendo firme e cuidando das pessoas e aprender a construir de forma coletiva promovendo meios de engajar e estimular a participação dos colaboradores, estimulando-os a usarem o lado direito do cérebro”, explica.
Dianyffer ressalta que a pandemia dificultou a sua liderança.
“É tudo bem difícil, bateu um desespero. Todos estávamos com medo de atender e o maior desafio foi tentar manter a calma e o equilíbrio de todos. Foi tudo novo e eu precisei deixar a equipe motivada, não desanimar e falar que tudo vai passar. Também precisei estar mais presente e tentar manter a equipe unida e motivada” finaliza.