Liderança e Pessoas

11 junho, 2012 • Liderança e Pessoas

Redes sociais no ambiente de trabalho: bloquear ou liberar?

Muito se fala sobre os benefícios das redes sociais, mas e no ambiente de trabalho, elas ajudam ou atrapalham? Muitas empresas não sabem ainda como lidar com essa nova realidade.

Estudo da rede de empresas KPMG Internacional, realizado em dez países, aponta que mais de 70% das corporações ao redor do mundo já têm presença nas redes sociais. O Brasil aparece em quarto lugar entre os países que despontam com presença mais intensa de suas empresas nas mídias sociais.

Das organizações brasileiras consultadas na pesquisa, 69,1% indicaram já ter iniciativas ligadas a estes novos meios de comunicação, percentual próximo aos 70,4% da média geral. Na liderança da lista está a China, com 82,7%; seguida por EUA (71,5%); e Índia (70,2%). Atrás do Brasil aparecem Canadá (51%); Reino Unido (48,2%); Alemanha (42,7%); Suécia (41,7%); Austrália (41,6%); e Japão (27,5%).

Em um ambiente competitivo, qualquer distração reduz a produtividade. Apesar de trazer diversos benefícios para as empresas que investem nelas, as redes sociais – Facebook, Orkut, Twitter e afins – também tiram a atenção e dipersam os funcionários do que eles tem como função.

Mas como lidar com essa questão? Se bloquear as redes para os funcionários e sugerir o uso delas para os clientes, além de ser contraditório pode não usar dos benefícios oferecidos por elas. E se liberar o acesso e a equipe ficar menos produtiva?

O palestrante Maurício Seriacopidefende em artigo que é preciso fazer uma reavaliação geral. “Particularmente, acredito que a solução passa por uma profunda reflexão sobre conscientização, comprometimento, responsabilidades, direitos e deveres, e até pelas defasadas leis do trabalho”, afirma.

Marcos Assi, autor dos livros “Controles Internos e Cultura Organizacional” e “Gestão de Riscos com Controles Internos”, acredita que a solução é o meio termo: “como podemos mudar esta cultura do acesso à novidade e acertas bobagens também dentro da empresa? Educando e cobrando resultados, pois estas informações distraem, mas também não podemos viver sem informação, a solução é disciplina, buscar a melhoria do convívio entre trabalho e a informação deve ser mais bem ajustado nas organizações.”

É ponto de consenso entre os especialistas que é preciso ser claro na postura adotada. Segundo o levantamento da KPMG, enquanto quase 60% dos gerentes disse que suas organizações monitoram o uso que os profissionais fazem das redes sociais, apenas 40% dos funcionários estavam cientes desse cuidado das empresas.

“A adoção de políticas claras, práticas e concisas, apoiadas por uma formação adequada, deve ser uma prioridade na agenda dos gestores para dar aos empregados a confiança para que sejam ativos e produtivos nas mídias sociais, ao mesmo tempo em que são reduzidos os riscos por conhecerem os limites dentro dos quais eles devem agir”, observou Malcolm Alder, sócio da área de Economia Digital da KPMG na Austrália.

Estação Sebrae Online
Foto: Web

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