Desde o século XV, os progressos técnicos e científicos, as mecanizações e a tecnologia veem transformando a vida das pessoas. As três Revoluções Industriais mudaram tudo: o tempo que se gasta para fazer as coisas, como nos locomovemos, como nos comunicamos, o que comemos, onde e como moramos.
Vivemos agora uma nova revolução que promete transformar novamente como o mundo funciona. A 4ª Revolução Industrial, também chamada de Indústria 4.0, propõe uma importante mudança de paradigma em relação à maneira como as fábricas operam nos dias de hoje.
O termo “Industria 4.0” foi usado pela primeira vez na Feira de Hannover em 2011 e se originou a partir de um projeto de estratégias do governo alemão voltadas à tecnologia. Nesse cenário, máquinas inteligentes, análise computacional avançada e trabalho colaborativo entre pessoas conectadas se unem para gerar profundas mudanças e proporcionar eficiência operacional para setores industriais diversos ao longo de toda a cadeia de produção e logística. Um mercado potencial de US$ 15 trilhões em 15 anos.
Além disso, as fábricas inteligentes terão a capacidade e autonomia para agendar manutenções, prever falhas nos processos e se adaptar aos requisitos e mudanças não planejadas na produção.
O caminho para a Indústria 4.0
Tornar a Indústria 4.0 uma realidade implicará uma transição gradual para as novas tecnologias. O consenso entre os especialistas é de que a indústria nacional ainda está em grande parte na transição do que seria a Indústria 2.0, caracterizada pela utilização de linhas de montagem e energia elétrica, para a Indústria 3.0, que aplica automação por meio da eletrônica, robótica e programação.
Leandro Schneider, gerente de educação, tecnologia e inovação do Senai MS, explica que, em Mato Grosso do Sul, as 9 mil indústrias ativas no Estado passam por um processo de conscientização, por meio de programas específicos que promovem cursos, palestras, diagnósticos e consultorias. “Quanto mais gente tiver a percepção do valor dessa nova realidade, mais esforços serão concentrados para essa modernização”, afirma.
Os desafios da Indústria 4.0
Um dos principais desafios para o sucesso da quarta revolução industrial está na segurança. Problemas como falhas de transmissão na comunicação máquina-máquina podem causar transtornos na produção. Com toda essa conectividade, também serão necessários sistemas que protejam o know-how da companhia, contido nos arquivos de controle dos processos, e a criação de padrões e referências para a interoperabilidade entre máquinas e dispositivos.
Impactos e oportunidades
Apesar de boa parte das novas tecnologias já estar disponível, principalmente pela evolução do conceito de Internet das Coisas (IoT), novas ferramentas e novos perfis de profissionais se fazem necessários.
“Um dos maiores impactos se dá na criação de novos modelos de negócios. A customização e a personalização serão levados a um novo patamar. Precisaremos de empresas e de startups focadas em Big Data, Analytics, nuvem, segurança e automação de conhecimento, novos materiais e novas energias. Além disso, as demandas em pesquisa e desenvolvimento oferecerão oportunidades para profissionais tecnicamente capacitados, com formação multidisciplinar para compreender e trabalhar com a variedade de tecnologia que compõe uma fábrica inteligente”, finaliza Leandro.
Se interessou e quer saber mais sobre a Indústria 4.0? Na Feira do Empreendedor MS 2018 você vai poder ver de perto como isso funciona. O pré-credenciamento pode ser feito pelo site www.feirams.com.br, onde também está disponível a programação completa. Este processo antecipado agiliza a entrada de cada participante no evento, mas não garante vaga nas atividades da agenda, o que se dará por ordem de chegada, de acordo com a limitação de lugares nos espaços.