Empreendedorismo

02 dezembro, 2020 • Empreendedorismo

Como sair mais forte de 2020?

Em 2020, a pandemia que se instalou mundo afora mexeu com todas as estruturas empresariais e familiares, exigindo muito jogo de cintura de quem conseguiu se restabelecer, especialmente mulheres em mercados dominados por homens e mães de família, com seus filhos em casa.

Rachel Maia, consultora de grandes empresas nacionais e internacionais, e que já atuou como CEO das marcas Tiffany, Pandora e Lacoste, carrega o orgulho de ser primeira mulher negra do Brasil a ocupar um cargo de presidência em uma empresa multinacional, e nos falou um pouco sobre os desafios e aprendizados que seus mais de 30 anos de carreira trouxeram.

Confira!

Conhecimento é poder

Em um cenário onde ser mulher já é um desafio, é preciso estar sempre um passo à frente para conseguir se estabelecer e se destacar.

A busca incansável por conhecimento se faz cada vez mais necessária e, se outrora era um artifício de quem buscava um diferencial, agora é uma exigência para quem quer se manter atento às mudanças e não ficar para trás.

Com uma história de muito estudo e planejamento, Rachel acredita que embora tenha se dedicado à vida acadêmica, grande parte de tudo o que aprendeu em sua jornada veio da capacidade de observar e absorver o conhecimento de quem a precedeu. “Cinquenta por cento de tudo são os livros, mas os outros 50% são conhecimento e sabedoria das pessoas que tiveram experiências na carreira e na vida”.

A sabedoria aliada ao conhecimento a levou também a perceber a importância da qualidade de vida nessa busca por um lugar de destaque em um universo tão competitivo. “Buscar conhecimento não significa não descansar, significa estar atenta”, afirma.

Atente-se às oportunidades

Saber perceber as oportunidades que vez ou outra cruzam nossos caminhos é fundamental para que possamos alcançar os objetivos. Onde muitos veem sorte, Rachel afirma que vê muito empenho. “Sonhei, planejei e executei. Mas entre planejamento e execução tem que ter muita resiliência e muita vontade de crescer”, explica.

Além disso, é importante ter um espírito empreendedor que não se importe com o dia e a hora quando o assunto são oportunidades, pois isso será determinante na hora de avaliar o tipo de profissional que cada uma é.

Resiliência para traçar e, principalmente, seguir as metas é outro pilar imprescindível para quem quer mudar a realidade de um negócio e da própria carreira. “Precisamos ter um olhar de transformação para trazer a inovação para dentro de casa”.

Quando ficamos confortáveis por termos alcançado algo que desejamos, passamos a ter medo de nos arriscar. Mas é nesse momento que nos confrontamos com o extraordinário.

Enxergue os desafios como pontos de crescimento

Os desafios que as mulheres enfrentam, ainda hoje, no mundo dos negócios, acabam sendo potencializados quando outras características que fogem do padrão se somam ao gênero.

Enquanto mulher negra e de origem humilde, Rachel precisou lidar com inúmeros fatores que poderiam ser impeditivos para seu avanço profissional, tendo em vista que o mercado de luxo, no qual atuou por grande parte de sua vida, não é inclusivo. No entanto suas habilidades socioemocionais e força de vontade a oportunizaram conquistar cada vez mais seu espaço e o respeito de todos. “Nós somamos 51% da população do mundo. Uma vez que essa mulherada decide ser boa naquilo que se dedicou a fazer, deve ser excelente”.

Além disso, ressalta a importância de ter objetivos próprios e muito bem traçados, a médio e longo prazo, para poder avaliar verdadeiramente quais os pontos de sucesso e quais os momentos em que a mudança se faz necessária. “Não meça seu sucesso pelo que aconteceu no vizinho, meça pelo que você decidiu na sua vida”.

Sororidade é a palavra de ordem

A equidade é um sonho que, aos poucos, a sociedade tem conquistado, mas até a alcançarmos, um longo caminho precisará ser percorrido e é importante que as mulheres se apoiem nessa trajetória.

Quando uma mulher apoia a outra, mesmo que seja sua concorrente, a história do empreendedorismo feminino sobe mais um degrau. “Sucesso tem a ver com ajudar o próximo. A gente sobe, mas precisa puxar o outro”.

Por fim, Rachel orienta que toda a trajetória da mulher de negócios deve ser digna de orgulho, já que suas histórias são o caminho traçado que as levarão a alcançar cada um de seus objetivos. “Defina o lugar onde você quer estar. Você é a protagonista da sua vida e se você optou por um caminho para chegar onde quer, orgulhe-se dele”, finaliza.

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