Empreendedorismo

11 setembro, 2019 • Empreendedorismo

Mulheres empreendedoras: de negócios sustentáveis à economia colaborativa

A liderança feminina é uma tendência no mercado empreendedor. De acordo com pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em parceria com o Sebrae, o Brasil registrou em 2018 um total de 23,8 milhões de empresárias. Este número que demonstra uma sensação já conhecida: que empreendedorismo feminino está crescendo e contribuindo cada vez mais para o desenvolvimento do país.

E o Sebrae MS foi pioneiro ao enxergar, lá em 2013, toda a potencialidade dos empreendimentos comandados por mulheres. O Programa Mulher de Negócios surgiu – e existe até hoje a todo vapor – para dar suporte àquelas que começaram a empreender por necessidade e diminuir a taxa de mortalidade desses negócios.

Reunimos neste post alguns cases de empreendedorismo feminino que, além de darem certo, ainda foram capazes de trazer inovação, sustentabilidade e realização para a vida de mulheres sul-mato-grossenses.

Ybá Cosméticos

A médica ginecologista Ana Mattos é a mente por trás da empresa de produtos de beleza naturais à base de Barbatimão, a Ybá Cosméticos. Ana já tinha ouvido falar sobre as propriedades cicatrizante, antimicrobiana e antibacteriana da planta e decidiu se aprofundar em pesquisas para produzir um sabonete para suas pacientes.

Com o sucesso do produto veio o crescimento da demanda, que levou a médica a se tornar uma empreendedora. “O empreender, buscar inovação e melhorar a vida das pessoas é muito gratificante”, afirma.

A Ybá existe desde 2015 e a produção dos itens é fruto de uma cadeia sustentável, que conta com a AMAM (Associação de Mulheres Agricultoras do Monjolinho) de Anastácio (MS) para extração da casca do Barbatimão, secagem e moagem da mesma, além de serem também revendedoras dos produtos.

A marca conta com sabonete íntimo feminino, hidratante corporal,  sabonete líquido e em barra e creme para mãos e pés. “Em cada um, utilizamos um ativo do Barbatimão”, completa Ana.

Digna Engenharia

Foi fazendo um trabalho de conclusão do curso de engenharia civil sobre materiais de construção alternativos para pessoas de baixa renda em situação de risco que Evelin Mello teve a ideia da Digna Engenharia.

“A desigualdade está todos os dias nas nossas vidas, eu abri meu olhar para a dor que meus pais tiveram, que meus vizinhos tinham e pensei: todos têm direito à moradia digna”, afirma.

A empreendedora decidiu investir na engenharia social para mudar a realidade de pessoas em comunidades periféricas de Campo Grande. A empresa faz desde o planejamento de pequenos projetos de reformas de banheiros, varandas e o que mais for necessário, até a mão de obra e compra dos materiais.

Ao pensar sobre o empreendedorismo feminino, Evelin afirma: “Dói crescer, mas você não pode desistir. As dificuldades vêm, mas o propósito é maior. Faça a diferença”.

Angí

Fruto do Empretec, programa do Sebrae voltado para o desenvolvimento de empreendedores, a marca Angí, de chocolates com ingredientes do Pantanal, traz a proposta de ser um negócio rentável, mas que também é sustentável e capaz de gerar mudanças na vida de pequenas comunidades.

Beatriz Branco é designer e a responsável pela fundação da empresa. “Busquei pequenos produtores da minha região, para que trabalhassem ao meu lado com extrativismo limpo, justo e sustentável de produtos pantaneiros. Juntos nos tornamos a única empresa do estado a trabalhar com produção de chocolate do início ao fim e começamos a movimentar a economia local”, conta.

A Angí produz barras de chocolate com pequi, bocaiúva, banana da terra, baru, guavira e guavira com cachaça, que podem ser compradas pela internet.

A força da economia colaborativa no empreendedorismo feminino

Uma vertente muito forte entre as mulheres empreendedoras é a existência de redes de apoio. E foi por meio de uma delas que Camila Zanetti se viu no centro de um ecossistema de mães empreendedoras.

Tudo começou entre 2012 e 2013, com Camila se reunindo com três amigas em uma roda de conversa, troca de experiências e discussão sobre o maternar livre e consciente. Daí para a estruturação da Aldeia Materna foi um pulo, mais mães se juntaram e começaram seus próprios empreendimentos ou mudaram de carreira.

Ocupando espaços

Tudo começou com o Coletivo de Mulheres Negras de MS, em 1995, fundado para ser uma rede de apoio e uma forma de resistência, para combater o racismo e todas as formas de violência contra as mulheres negras.

Mas foi por meio de uma feira de artesanato e o Sarau das Negras, em 2015, que a rede colaborativa cresceu. Vieram mulheres com a vontade de produzir e vender seus produtos e a ideia da Feira Afro, que veio a se concretizar em 2017.

A Feira tem como objetivo a potencialização da cultura negra na arte, no artesanato, na moda, culinária e na dança, incentivando o empreendedorismo feminino entre as mulheres negras e apoiando as iniciativas individuais.

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