Poucos dias ou meses são suficientes para uma loja ganhar vida e testar o potencial de um negócio. As chamadas “pop-up stores”, popularizadas em 2004 pela marca japonesa de moda “Comme des Garçons”, recebem esse nome porque, assim como as janelas de propaganda – conhecidas como pop-ups – que surgem na tela quando estamos navegando e depois somem, são lojas abertas de forma relâmpago e que funcionam apenas durante um certo tempo.
Você deve estar se perguntando: mas qual o objetivo de abrir um negócio com data certa para fechar? Acredite: eles são muitos e servem para testar uma marca, lançar um novo produto, avaliar a aceitação do público, criar engajamento real para marcas online, e por aí vai…
De acordo com a Gerente de Marketing do Shopping Norte Sul Plaza (Campo Grande-MS), Daniela Masson, o formato de “pop-up stores” é vantajoso tanto para o shopping quanto para o lojista.
“O contrato diferenciado garante que a loja fique aberta pelo tempo que o empreendedor ou a administração do shopping achar interessante, sem prazo mínimo nem máximo, e sem multas rescisórias também. Esse tempo é importante para o empreendedor experimentar o ponto, entender se o produto dele faz sentido ali. O impacto é sempre positivo”, declara Daniela.
A demanda por uma “pop-up store” pode surgir tanto do lojista/empreendedor como do próprio shopping e, de acordo com Adriana Flores, Superintendente do Shopping Bosque dos Ipês, também localizado na capital, é um modelo de negócio importante para o processo de inovação do varejo e amadurecimento dos negócios.
“Temos alguns critérios de seleção para evitar competição nociva entre os negócios. Então, quando uma loja temporária abre, o shopping passa a oferecer um serviço ou um produto que antes era deficiente em seu mix, e isso atrai novos clientes. Além disso, operar dentro de um shopping exige que a loja faça tudo de forma muito profissional, mesmo que seja o básico”, explica.
Experiência bem sucedida
Inaugurado em 2013 na saída para Cuiabá, o Shopping Bosque dos Ipês já teve alguns negócios no modelo “pop-up store”. O que está ativo atualmente chama atenção pela forma inusitada que surgiu: de uma ação de marketing para divulgar que o Bosque é o primeiro shopping da cidade com o conceito “pet friendly”, ou seja, a aceitar a entrada de animais de estimação.
A ideia foi tão bem recebida pelos clientes que o shopping entendeu como uma oportunidade e, no dia 23 de setembro, inaugurou o Parque Pet, um espaço que oferece atrações e serviços para cães, como pista de agility, escola de adestramento, espaço para festinhas, banho e tosa, day care, entre outros.
O contrato temporário prevê que o espaço fique aberto até janeiro, mas o negócio pode virar uma loja definitiva, de acordo com o empresário responsável pelo espaço, Walter Nakashima.
“Dependendo da evolução do negócio, e ele está indo muito bem, podemos até abrir um pet shop, agregando também a venda de produtos como roupas, acessórios e rações. Vimos que existia uma demanda reprimida que o Parque Pet conseguiu absorver, mas ainda há mais para oferecer”, conta Walter.
Testar, engajar, impactar
Como dissemos no início do texto, são vários os objetivos de uma “pop-up store”. Elas surgem para aproveitar uma concentração momentânea de público, para explorar algum tema que esteja “na moda”, ou para causar impacto. Algumas delas apresentam uma linha especial de produtos, trazendo uma sensação ao consumidor de algo exclusivo e de novidade.
Vários segmentos podem se beneficiar de um formato como esse. É sempre bom lembrar que: mesmo sendo um negócio temporário, o impacto de uma “pop-up store” pode ser permanente.
No Artigo “Vai montar uma loja pop up?” o Sebrae te orienta sobre a legislação que rege esse tipo de negócio e clicando aqui você tem acesso a um outro material inédito sobre o assunto.