Especialistas recomendam que, ao aderir à Black Friday, você apresente uma proposta real de redução de custo dos produtos ou serviços oferecidos, ou sua participação só resultará em rejeição à sua marca.
Uma das datas mais aguardadas pelo comércio brasileiro – momento de ganhar novos clientes, resgatar o contato com aqueles que andam sumidos e limpar os estoques –, a Black Friday 2016 será no dia 25 de novembro. Com uma imensa variedade de estratégias possíveis, não há desculpas para você não aderir a esta já consagrada data do varejo, mesmo sendo um pequeno negócio frente aos gigantes do mercado.
Especialistas alertam, no entanto, para o risco de perda de credibilidade com o consumidor em caso de adesão ao evento sem uma redução real nos preços, praticando o “tudo pela metade do dobro”. “O consumidor acompanha diariamente os preços dos produtos que pretende comprar. Portanto, anunciar uma oferta incrível na Black Friday e não entregar uma proposta real de redução de custo só resultará em rejeição da sua marca”, afirma o consultor de Marketing do Sebrae, Josué Sanches.
Você está em dúvida se vale a pena aderir a esta grande festa do consumo ou quer saber como se preparar para a ocasião? Confira algumas dicas rápidas apontadas pelo consultor Josué Sanches e pelo administrador e empresário Kenneth Corrêa:
- Black Friday é melhor do que promoção. A expressão “Promoção de Natal” tem mais impacto do que “promoção”, e o mesmo vale para a Black Friday. Portanto, aderir ao movimento com um percentual de desconto pequeno, mas honesto, é melhor do que não aderir.
- Pense no giro de estoque. Produtos que estão há meses na prateleira, quando o giro médio é de um mês, não vão sair. A Black Friday é o melhor momento de substituí-los. Você não terá lucro, mas terá uma vantagem operacional ao tirar da sua prateleira produtos que não giram.
- Crie promoções matadoras como isca. Ofereça um conjunto de produtos com preços imbatíveis que sirvam de isca, juntamente com outros produtos ou serviços que aumentem o seu ticket. Considere que o produto isca é o seu custo de aquisição do cliente.
- Prepare visuais diferenciados. Além de aumentar o fluxo, adesivar e envelopar a fachada e o interior da loja fazem com que quem entra fique mais inclinado a comprar, devido ao impacto psicológico do visual diferenciado.
- ‘Desculpa’ para falar com seu cliente. Tanto nos produtos quanto nos serviços, este é o momento de falar com o cliente que há tempos não aparece na loja, ou que está há meses no seu funil de conversão. Afinal, agora você tem a “desculpa de um atrativo imperdível”.
- Aposte na experiência. Invista no atendimento, oferecendo ao cliente a melhor experiência no contato com o produto ou com o serviço, que é o grande diferencial dos pequenos negócios físicos com relação ao e-commerce.
- Faça uma campanha de mídia impactante. Explore posts nas redes sociais, mas não chame a atenção para produtos específicos, que estarão mais baratos nas grandes lojas. Foque na surpresa, aguçando a curiosidade do consumidor e criando a expectativa por boas barganhas.
- Produto aqui e agora. Na comunicação, enfatize que na loja o produto será entregue na hora. Experimente frases como “Para que receber na semana que vem se você pode sair hoje com seu produto?” ou “Use o produto ainda em novembro”.
- Antecipe o evento. Não deixe para chamar o cliente somente na sexta-feira. Antecipe que haverá uma grande surpresa, algo especial para a Black Friday. No dia do evento, comece cedo, pois desde a 0h01 o consumidor já entrará nas redes sociais procurando por barganhas.
- Preocupe-se com a retenção. Não se preocupado apenas em ganhar novos clientes. Dê atenção àqueles que você já tem em carteira. Utilize estratégias de push (e-mail marketing, WhatsApp, SMS), oferecendo expressivas vantagens pós-compra.
Para saber mais, confira o que nós já dissemos sobre o assunto nesse post e, na dúvida, procure o Sebrae.