Um dos grandes desafios para o setor de varejo de moda é fazer com que o ponto de venda seja um local único, atrativo e que desperte nos clientes a vontade de voltar mais vezes. E é justamente neste ponto que atua o Visual Merchandising, técnica que ajuda na comunicação da empresa, fazendo com que o consumidor se conecte à marca.
O termo pode ser “diferentão” mas a gente garante que é muito mais simples de colocar em prática do que você imagina. Conversamos com Aline Casquet, especialista em marketing de varejo de moda, consultoria de imagem e visual merchandising, e Daniela Rodrigues, que foi gestora dos projetos de moda, beleza e economia criativa no Sebrae/MS e neste post você confere tudo sobre o tema. Vamos lá?!
O visual merchandising para os pequenos negócios
Não é exclusividade das grandes lojas ou daquelas no shopping oferecer um ambiente diferenciado para os clientes. Você que está lendo este post e também atua no setor, mas possui um pequeno negócio, confira as técnicas de Visual Merchandising que a consultora Daniela Rodrigues acredita serem fundamentais para alavancar as vendas.
Layout e disposição de produtos
Observe o caminho dos clientes dentro da loja e organize o mobiliário e os produtos de forma estratégica.
Renove o cenário com frequência
A vitrine deve ser renovada semanalmente e a decoração no interior da loja, se for muito trabalhosa, pode levar um tempo maior para ser trocada.
Exponha apenas o que está disponível no estoque
Expor produtos que não estão disponíveis pode frustrar o cliente e tornar a experiência de compra ruim.
Atente-se à climatização, ao cheiro e ao som
Estes elementos também fazem parte da experiência de compra do cliente. Atenção ao clima muito frio ou muito quente, odores fortes e som alto ou desagradável.
Quais os desafios?
Perguntamos a Aline e Daniela quais eram as principais queixas que os empreendedores levam até a consultoria, principalmente neste momento de pandemia. Veja só:
- Equipe desmotivada – De modo geral, as pessoas ainda estão estagnadas esperando que tudo melhore para então agir, quando, na verdade, é necessário agir para então melhorar.
- Desatualização – Poucas empresas fazem pesquisa de mercado, pós-venda ou têm um plano de negócios bem estruturado. Mesmo para as pequenas empresas, é preciso saber ouvir seu público para criar sua identidade visual e oferecer soluções.
- Baixa presença digital – Estamos vivendo na era digital, mas a maioria das empresas apresenta uma baixa presença digital: não possuem um site bem posicionado ou não publicam nas redes sociais, isso significa que essas empresas ainda estão “invisíveis” para milhões de potenciais consumidores e isso é um mal sinal.
Daniela destacou ainda a falta de tempo e de recursos financeiros para investir em mobiliário, iluminação e elementos decorativos para a empresa. “Um bom Visual Merchandising depende muito mais de criatividade, inspiração e bom gosto do que de recursos financeiros. A internet possibilita uma infinidade de conteúdos e imagens para orientar e inspirar! Indico seguir a hashtag #visualmerchandising no Instagram e buscar inspiração no Pinterest”, aconselha.
Visual Merchandising além do espaço físico
Já que estamos falando sobre ambiente digital, Aline Casquet relembra que não é apenas o ponto de vendas presencial que pode se beneficiar das técnicas do VM, afinal ele é uma extensão da sua vitrine e a comunicação visual deve seguir a mesma linha.
A consultora listou algumas dicas para dar aquela turbinada nas redes sociais, e consequentemente, atrair clientes.
1 – Crie um perfil que comunique o que é o seu negócio, conte sua história e o propósito da sua empresa existir;
2 – Crie uma linha editorial, não publique apenas produtos, e tenha um calendário de postagens;
3 – Tenha imagens de boa qualidade e use a psicologia das cores para organizar o Feed e atrair o cliente;
4 – Comunique e interaja com o seu cliente, demonstre o quanto ele é importante, prepare uma caixinha personalizada, mostre o produto sendo embalado com o cheirinho especial da sua marca e envie com aquela cartinha cheia de carinho explicado como utilizar o produto.
E quando o assunto é o presencial e as vendas de final do ano, que está chegando, Daniela Rodrigues acredita que o mais importante é definir o objetivo e a ideia a ser transmitida pelas vitrines.
“Coloque emoção na vitrine e nos elementos no interior da loja para criar uma conexão com seu cliente. Apresente opções e respostas aos clientes de acordo com seu público e segmento. Para isso é necessário pensar “Como utilizar ou combinar os produtos que vendo?”, finaliza.
E como fica o setor do varejo de moda no pós-pandemia?
Pra fechar com um bônus para você, empreendedor(a) do setor que está preocupado com o que vem por aí numa realidade livre do coronavírus, a consultora Aline Casquet acredita que o mercado será mais sustentável e o aluguel de produtos também se tornará uma prática comum.⠀⠀
“Já no mercado digital, aposte em simplificar a experiência do usuário on-line, sites complexos serão substituídos por mais simples e, se você ainda não tem, já comece a pensar na possibilidade de investir em parcerias com marcas nativas no mundo digital. A revenda também é uma tendência de mercado”, diz. ⠀
E se você ainda se sente um pouco perdido ou está receoso sobre o futuro, o Sebrae MS conta com uma super equipe de consultores atualizados e treinados para te ajudar a se posicionar e se adaptar às novas mudanças no varejo de moda com as consultorias 100% on-line e gratuitas. Acesse aqui a consultoria específica para o segmento Varejo de Moda.