Marketing e Vendas

18 abril, 2011 • Marketing e Vendas

Envolva seu cliente com informação de qualidade

Comprar espaços na mídia, aparecer na rádio, televisão e em todos os cantos internet pode parecer uma ótima estratégia, mas o cliente exige mais.

Você se lembra dos últimos banners que clicou ou dos últimos folders que você guardou para ligar depois? Se não lembra tudo bem, fique tranqüilo, pois nosso cérebro é programado para lembrar apenas do que é útil e relevante para o nosso dia-a-dia. Ser lembrado, principalmente por um cliente, nunca foi uma tarefa simples, mas vamos revelar um caminho: envolva seus clientes com entretenimento, divulgando e produzindo informações de qualidade.

Na memória de empreendedores veteranos ainda resta a imagem granulada do cliente passivo, que consumia aos montes tudo que lhe era bem vendido, sem contestações. Hoje, a imagem em alta definição do cliente exibe em detalhes suas exigências, reclamações e interações com as empresas e seus produtos.

Comprar espaços na mídia, aparecer na rádio, televisão e em todos os cantos internet pode parecer uma ótima estratégia, mas o cliente exige mais. E exige porque não tem mais tempo para prestar atenção em todas as mídias e está saturado de uma publicidade unilateral que visa apenas o aumento da taxa de conversão de uma campanha.

Para atender estas exigências, as empresas devem focar seu trabalho na mídia ajudando e resolvendo os problemas de seus clientes, por exemplo: uma publicação sobre bem estar e qualidade de vida financiada por uma empresa de estética, mas muito mais do que isso, colocar os funcionários e donos da empresa para falar e comentar sobre assuntos relacionados.

Faça um teste: aí mesmo na frente do seu computador abra uma página no Google, ou uma revista, um banner ou site institucional ligado a serviços de nutrição. Ao lado, abra uma revista com dicas de especialistas de nutrição, ou até mesmo um vídeo de receitas com dicas de nutrição. Qual te atrairia mais? Qual destes você lembraria e utilizaria no seu dia-a-dia?

Thiago Akira, professor de Graduação em Comunicação e Administração na Estácio e de Pós Graduação em Gestão Estratégica em Propaganda e Marketing de Eventos na UCDB, afirma que hoje as pessoas consideram muito mais o conteúdo do que a simples propaganda. Elas preferem elas mesmas encontrarem a melhor oferta do que serem impactadas por ela.

“É claro que sempre existem exceções, mas conquistar o consumidor mais pela informação do que pelo preço vem se tornando muito eficaz. O padrão hoje antes da compra é procurar o produto, reunir o máximo de informações, comparar com o concorrente e pesquisar por reclamações. Quase tudo pode ser solucionado com um blog, reunindo os prós e contras, demonstrando seu uso com vídeos e canais de perguntas e respostas, observando os comentários de quem já consumiu o produto, avaliando a transparência ou não da empresa ao expor o seu produto.”

Por onde começar?

A mídia tradicional funciona, mas a primeira vista pode ser um investimento arriscado. Os meios digitais são outra via a ser trafegada, e permitem experimentar diversos formatos como áudio, vídeo e texto, sem a necessidade de conhecimento específicos na área de produção.

Segundo Akira, o custo da produção de um blog é muito menor do que de um site, dependendo do nível de conhecimento do empresário, pode até ele mesmo criar e alimentar o seu conteúdo. O vídeo para youtube já é bem mais fácil, pois o público aceita muito bem a produção caseira, desde que o conteúdo seja valioso para quem o assiste. Replicar vts comerciais da televisão para a internet é muito mais difícil de se obter resultado, mas se for um conteúdo exclusivo como um making of ou erros de gravação pode ser mais visto.

Este é o caso do Armazém Fornari, que antes mesmo de colocar um site da empresa no ar, lançaram um blog para abordar assuntos relacionados aos produtos da loja. A arquiteta e coordenadora da equipe que atualiza o blog, Juliana Goldoni, nos conta que todos os funcionários do Armazém contribuem com dicas do que conhecem ou vêem nas revistas ou na internet. “Nós tentamos não colocar só coisas da loja, mas ajudar os leitores com dicas gerais sobre design e decoração. Um site tem um ar mais sério e estático, de outro lado o blog permite uma atualização diária, com uma linguagem mais simples e direta com o nosso público” finaliza a arquiteta.

Fonte: Estação Sebrae On line – Ed. 58

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