Empreendedorismo

Amizade e negócios lado a lado, é possível?

No sentido literal, amigo é pessoa a quem se está ligado por uma afeição recíproca, que aprecia, que gosta que inspira simpatia, amizade ou confiança, que ajuda ou favorece e que mantém relações diplomáticas amistosas. Juntando todos estes significados resolvemos conhecer esta relação de amizade e que une para formar uma empresa em sociedade, mas sociedade de amigos.

A empresa Rural Centro reflete este perfil, formada por quatro sócios, ela atua desde 2007 focada em informação e relacionamento entre produtores rurais e empresas ligadas ao setor agropecuário. Edgar Sperb, diretor comercial, comenta que tinha o projeto engavetado desde 1998, com o nome Central do Fazendeiro. “Regis, meu segundo sócio, foi meu colega de trabalho no antigo emprego. Contei o projeto para ele e começamos a estudar o mercado juntos para vermos se era possível abrir nossa empresa. Conforme a evolução do projeto, sai do meu emprego no final de 2005. Na mesma época contei a ideia para um amigo de infância, o Murilo, que é veterinário. Ele também se interessou pelo projeto e trouxe seu chefe na época, o Carlos, para a empresa.”

Os quatro fundadores se tornaram sócios e o portal online Rural Centro foi ao ar no ano de 2007. A palavra para o sucesso da sociedade é confiança, diz Edgar. “Conheço a forma de agir, pensar e os valores dos meus sócios, tenho certeza que quando alguém erra é por tentar fazer o melhor para a empresa”.

Graziele Rabelo, sócia da loja de roupas multimarcas Maria Pitanga, comenta que abrir uma empresa com uma amiga é como começar um casamento, pode dar certo ou não. A loja foi aberta em 2002, junto com Roberta de Barros Faria, colega que a acompanha desde a faculdade de Administração de Empresas na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

“Existem prós e contras, muitas vezes nos divergimos mas aprendemos a lidar uma com a outra. Cada uma é forte em um ponto específico, por isso acredito que nos complementamos. Fazemos de tudo dentro da loja, venda, financeiro e gerência” explica Graziele. A sociedade deu tão certo que ambas abriram juntas, há três anos, uma franquia juntas.

Paulo do Valle, consultor de empreendedorismo do Sebrae/MS, comenta que maior problema da sociedade é a falta da conversa, da informação registrada em pape. “Deve-se deixar claro os deveres e obrigações de cada um dos sócios. No momento que você transforma a amizade e uma empresa, ela passa a ter responsabilidade perante a sociedade. os dois devem conversar e ajeitar a diferença no decorrer da empresa”.

“Não existe relação feliz se você não resolver os problemas e dificuldades ao longo da relação, se jogar para o outro problema não vai se resolver. A sociedade é quando duas pessoas entendem que podem somar esforços para terem resultados coletivos. A empresa é uma terceira pessoa, não de um ou de outro sócio, é de todos. Resultado para a empresa significa consequentemente resultado para os sócios”, finaliza Paulo.

Fonte: Estação Sebrae
Foto: SXC

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