Empreendedorismo

6 atitudes marcantes dos empreendedores

Você que tem o desejo de se aventurar em um negócio, mas acha que não leva jeito para a coisa pode se alegrar. Ser empreendedor não é algo que nasce com cada um de nós: as características de um bom empresário podem ser adquiridas.

Especialistas ouvidos por Exame.com destacam algumas atitudes de quem deseja empreender com sucesso. Para colocá-las em prática, algumas características pessoais ajudam. “O sujeito que não está fadado a ser um empreendedor pode se capacitar para isso”, destaca o professor de empreendedorismo e novos negócios da Business School Edison Kalaf.

A autoconfiança é uma dessas virtudes consideradas provocadoras de atitudes empreendedoras. “São pessoas que focam em virtudes e não em defeitos. Com esse atributo, conseguem seguir mesmo com incertezas e dificuldades, que fazem parte de todo negócio”, diz Kalaf.

O otimismo para enfrentar as situações também pode ajudar as pessoas a agirem como empreendedores, assim como a tomada de iniciativas. “Quem é empreendedor se sente responsável pelo resultado final dos projetos em que está envolvido, o que faz uma enorme diferença na dedicação que a pessoa terá naquilo”. Ainda que tímido, é importante também conseguir se comunicar.

Confira alguns 6 atitudes que fazem parte do dia a dia de quem tem espírito empreendedor:

1. Conviver bem com riscos
Segundo o professor de empreendedorismo e novos negócios da Business School, a maioria das pessoas não convive bem com incertezas e diferenças de opinião. “Para o empreendedor, isso compõe a diferença de visões para alcançar um resultado superior.”

Geralmente quem é autoconfiante lida melhor com riscos do que quem não confia na própria capacidade. “Mas vale ressaltar que, caso a pessoa não tenha confiança em si, isso é algo que ela pode mudar.”

2. Estar sempre ligado
O consultor Marcelo Cherto afirma que empreendedorismo é enxergar oportunidade em problemas. “Empreendedor que é empreendedor pensa o seguinte: ‘se eu tenho problema, outras pessoas também o têm. Será que não tem um negócio aqui?’”, diz Cherto. Para empreender é importante olhar além e ver o que se pode aproveitar das situações.

De acordo com Cherto, é preciso estar antenado com o que acontece para “farejar” oportunidades. “Não tem lugar certo para empreender: de férias, na praia, no passeio no parque, ou até na missa. Vai do cara perceber o que pode fazer ali”.

3. Ter objetivos claros
Kalaf e Cherto destacam a importância de saber o que quer e onde se deseja chegar. Para eles, o verdadeiro empreendedor sabe não desviar do foco. “Há muitos empreendedores desfocados, mas quando escolhem um caminho vão até o fim. Não se pode deixar confundir”, destaca o consultor, que avalia um bom empresário como alguém determinado.

4. Gostar de trabalhar
Ao contrário da maioria das pessoas, que comemoram a chegada do fim de semana, o empreendedor deve ser alguém que sente prazer em trabalhar. “Ele criou condições para fazer o que gosta, o que faz muita diferença na hora de obter resultados”, diz Kalaf.

O professor de empreendedorismo da Business School destaca que é uma característica dominante dos empreendedores se sentir à vontade para trazer ideias e fazer o trabalho da forma como acredita ser melhor. “A gente tem menos controle sobre esse pessoal, deixa-os mais livres. Eles criam, inovam e trazem valor.”

5. Ser convincente
Pessoas empreendedoras conseguem reunir elementos para vender projetos adequadamente. “Seja uma ideia diferente de tocar um projeto ou de mudar a forma das pessoas trabalharem, eles sempre encontram elementos para persuadir.”

Marcelo Cherto comenta sobre o famoso “brilho no olho”. “Tem que fazer o que gosta e mostrar para os outros a vontade de que aquilo dê certo”. Assim, avalia o consultor, é possível convencer o mais exigente investidor a aplicar dinheiro no negócio ou o mais difícil dos clientes a comprar um produto.

6. Não desistir
O consultor Marcelo Cherto destaca como uma das mais importantes características de um bom empreendedor a força de vontade de continuar mesmo com dificuldades. “Muitas vezes é preciso levantar. Nem tudo dá certo o tempo todo. Diria até que há fases em que se erra mais do que se acerta”, explica Cherto.

Para ele, os erros e dificuldades devem ser encarados como um aprendizado e não como um obstáculo definitivo. “Os deslizes são coisas a serem superadas e representam uma oportunidade de aprender do jeito certo”. diz.

Débora Álvares
Exame.Com
Foto: Dreamstime.com/Exame.com

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