Casos de Sucesso

16 agosto, 2021 • Casos de Sucesso, Empreendedorismo

5 empreendedores que largaram tudo para realizar seu sonho e contaram com o Sebrae

Sebrae – Deixar a segurança de um trabalho formal para se dedicar em tempo integral a um negócio próprio pode ser um grande desafio. O retorno positivo, entretanto, faz valer a pena todos os esforços colocados nesta missão. Você pensa em abrir uma empresa fazendo o que mais gosta, mas ainda tem dúvidas e incertezas sobre o assunto?

Hoje o Sebrae separou algumas histórias para inspirá-lo a empreender! São 5 empreendedores que deixaram a sua antiga profissão para se dedicarem a um sonho. Ficou curioso?

Confira a seguir!

My Cookies: a receita para empreender bem

Natalie tem mais de 60 franquias pelo Brasil

A jornada da Natalie Pavan como empreendedora teve início mesmo antes de iniciar a My Cookies, sua empresa de doces. Para ela, é preciso ter espírito empreendedor, algo que pode ser desenvolvido em qualquer momento da vida profissional, mesmo atuando como funcionário: “A gente pode empreender dentro do CLT e essa é uma das maneiras mais fáceis de começar. Para isso, é preciso fazer a diferença, procurar resolver os problemas, fazer além do que te pedem. Isso é empreender. Eu sempre fui assim em todos os lugares em que passei”.

A paixão pela confeitaria sempre existiu. Aliada à vontade de ter um negócio próprio, acabou se transformando em realidade aos poucos: “Eu tinha uma receita de cookies que criei, e todos da família gostavam muito. Sempre fui muito de cozinhar, de inventar coisas. Então comecei a produzir estes doces e iniciamos as vendas em frente às escolas. Era uma época em que foodbikes estavam em alta. Começamos assim! Eu acordava bem cedo, fazia os cookies, empacotava e vendia nessas escolas, de bike”.

Natalie seguiu no emprego formal mesmo após começar a empreender. Ela permaneceu um ano se dividindo entre o trabalho CLT e o My Cookies. O empreendimento foi ganhando espaço em sua vida e, aos poucos, ela se dedicava mais e mais. “Depois de começar as vendas, percebi que se eu comercializasse os cookies assados na hora eu venderia muito mais. Foi aí que comecei minha jornada em busca de um lugar para estabelecer minha empresa. Eu não tinha dinheiro, mas tinha muita vontade de fazer acontecer. Então negociei o aluguel em um mercado da minha cidade e foi onde consegui. Comprei os equipamentos que precisava no cartão de crédito, também comprei um freezer usado e assim comecei”.

Prosperidade: fruto de muito esforço

No primeiro mês de negócio, a empresária já conseguiu honrar todos os compromissos. Pagou o aluguel, o salário dos funcionários e as parcelas das compras que realizou. Foi um início positivo que despertou ainda mais o otimismo em Natalie. O crescimento foi natural: “Fazíamos uma mídia social bem legal e o My Cookies caiu no gosto da galera. Em 3 meses abrimos uma segunda unidade, e as pessoas que passavam em frente das lojas sempre se encantavam e perguntavam se era uma franquia. Eu sempre respondia que um dia seria!”, conta.

“Crescemos, abrimos mais unidades e aumentamos nossa cozinha, que logo passou a ser chamada de fábrica. Criamos todo um processo de produção e fomos crescendo dessa forma. A gente abriu a primeira unidade em novembro de 2016. Em setembro de 2019 fizemos a formatação do nosso primeiro modelo de franquia e começamos a vendê-lo. De lá pra cá, apesar de todos os desafios, estamos crescendo e hoje temos uma fábrica onde os cookies são produzidos e distribuídos para todas as unidades. Hoje, produzimos 300 mil cookies por mês e temos 60 unidades pelo Brasil. Nossa meta é chegar a 100 unidades em funcionamento nos próximos meses”.

Sebrae: apoio fundamental para o crescimento

Formada em Direito, Natalie trabalhou por 8 anos como gerente administrativa. Ela já tinha uma bagagem em gestão, tanto de pessoas como financeira. A empresária fez diversos cursos e especializações na área ao longo de sua carreira. Com uma boa base de informações, ela encontrou no Sebrae o suporte que faltava para pôr seu negócio em prática.

“O Sebrae me ajudou muito no Empretec, ele foi um divisor de águas. Me deu mais segurança sobre as tomadas de decisão e correr riscos. Apesar dos meus riscos serem calculados, eu ainda precisava arriscar mais. A grande virada de chave foi encontrar este apoio. Fiz o Empretec antes mesmo de franquear e isso me deu o gás e a coragem pra continuar nesse processo. Foi bem valioso!”

Ela finaliza, falando sobre a importância de buscar ajuda e estudar mais sobre gestão: “Sempre oriento as pessoas que não têm noção nenhuma de gestão a procurarem um auxílio. Seu negócio pode ser uma superideia, mas se não tiver gestão ele não vai pra frente. Então quem tem uma ideia legal e quer tirar do papel, o melhor a fazer é procurar orientação e estudar muito. Eu estudo muito: fiz MBA em franchising, me especializei na área que desejava atuar. Foi fundamental.”

Recanto das Ervas: cultivando um novo negócio

Cuidar de plantas e estar em contato com a natureza sempre foi um hobbie para a Márcia Chiad. Por volta do ano 2000, enquanto trabalhava como jornalista, começou a cultivar ervas medicinais, plantas e temperos durante as folgas nos finais de semana. Na época, o trabalho exigia bastante e ela tinha pouco tempo para ficar com a família e os filhos.

“Minha mãe tinha uma chácara e resolvi cultivar quando tinha folga. Foi então que me apaixonei pelas plantas e essa foi a grande virada na minha vida. Isso porque resolvi que seria uma ótima ideia empreender neste ramo”, conta. “Comecei a investir em cursos, busquei mais formação e procurei pessoas que já cultivavam ervas medicinais na região. Montei um pequeno espaço, onde comercializava minhas mudas. Este foi o início do meu trabalho”.

Do hobby, surgiu uma vontade de empreender que crescia a cada semana junto às plantas. Márcia encontrou no Sebrae um suporte para começar seu negócio, desde os primeiros passos: “De cara busquei o Sebrae para me auxiliar e encontrar pessoas especializadas em Campo Grande. Através desta ajuda, conheci a professora de uma escola agrícola. Ela me passou todas as informações que tinha sobre o assunto, os cursos que ela fez nessa área. Ela já cultivava na escola algumas plantas medicinais”.

A virada de chave na vida profissional

5 empreendedores que largaram tudo para realizar seu sonho e contaram com o Sebrae

Márcia, cultivando as plantas do seu negócio.

A partir daí, Márcia entendeu o que queria para sua vida profissional e passou a estudar e se dedicar cada vez mais. Neste momento, o Recanto das Ervas surge com força total: “Foi uma grande virada, porque neste início continuei com as duas áreas. Trabalhava no viveiro, adaptando meus horários e seguia trabalhando na comunicação. Só que o negócio foi tomando uma proporção muito grande. Então, entrei de cabeça na produção das plantas e deixei o jornalismo de lado”.

Sobre suas motivações, ela fala que estar mais tempo com a família foi um fator decisivo. Além disso, o trabalho já não proporcionava o mesmo prazer de antes: “uma das coisas que mais me motivou foi o fato de eu ter desenvolvido uma certa insatisfação crônica com o trabalho de jornalista. E eu encontrava, nesse meu novo projeto, mais saúde, mais qualidade de vida. O trabalho com as plantas sempre me trouxe mais paz”.

Márcia explica que o trabalho no novo negócio foi crescendo aos poucos e com muito planejamento: “Antes de me dedicar 100% eu trabalhava na minha antiga profissão e fui investindo um pequeno capital a cada mês. Meus amigos me ajudaram bastante no início, foram meus primeiros clientes. Fiz um planejamento para crescer devagar e ir aos poucos me desenvolvendo”.

Além da comercialização de produtos naturais e medicinais, a empresária também passou a desenvolver cursos na área, para que as pessoas também pudessem aprender mais a respeito: “O Sebrae sempre esteve junto, oferecendo mentorias, cursos e até na própria divulgação, através de revistas e outras mídias. Fizemos muitas pesquisas com o suporte deles. Logo, eu iniciei cursos para as pessoas sobre cultivo. Fiz diversas parcerias e, de lá para cá, tenho realizado este trabalho de produção de mudas e cursos. Hoje, já estamos até abrindo novas aulas no formato on-line, por conta da pandemia”.

Há nove anos, Márcia mudou de espaço e atua em um restaurante, onde vende suas mudas e também trabalha com alimentação saudável. Em todo este tempo, ela enfrentou diversos desafios e aprendeu muito sobre empreender. A lição mais valiosa que ela aprendeu com isso foi a de que, quando se trabalha com prazer, todo o esforço vale a pena.

“A quem pensa em iniciar um novo negócio: faça algo que te faça bem e feliz. Algo que tenha sentido na sua vida. Porque, desta maneira, metade do caminho já terá sido percorrido. Muitos desafios irão acontecer, mas a gente sempre dá a volta por cima quando faz o que ama”, conclui.

Para ficar por dentro do Recanto das Ervas, acesse o perfil @recantodaservas

Traz Aqui EPI’s também contou com o apoio do Sebrae

Narcilene, à frente do Traz Aqui EPI’s

Vontade de ficar perto da família também foi uma das motivações de Narcilene Lopes a fundadora da Traz Aqui Epi’s. Formada em Direito e Segurança do Trabalho, trabalhou por bastante tempo no ramo de construção civil. A ocupação, porém, exigia muito tempo de dedicação, o que fazia com que ela não tivesse muitos momentos com a família.

Motivada a mudar de vida, ela deu início aos trabalhos como empreendedora pensando em ajudar as outras pessoas: “Desde o início, a minha motivação sempre foi atender os prestadores de serviços. A própria função da empresa é zelar pela vida e integridade física e mental do trabalhador no ambiente de trabalho”.

Entre os serviços que a Traz Aqui EPI’s oferece, estão a venda e entrega de equipamentos de proteção individual, kits de limpeza de obra, e treinamentos de primeiros socorros básicos, cursos e assessoria em segurança de trabalho, com emissão de certificado.

O papel do Sebrae foi de dar base ao trabalho da empreendedora de primeira viagem. Ela chegou à instituição após participar de um programa de TV: “Cheguei ao Sebrae através do programa ‘Ajuda meu Negócio’, da Rede Record. Foi um sucesso! Fui orientada no passo a passo da administração da empresa, pois não tinha nada no papel. Tive ajuda em tudo, desde as planilhas de organização até o trabalho nas redes sociais. O Sebrae foi fundamental para nos mostrar que estávamos no caminho certo”.

Saiba mais sobre o trabalho da Traz Aqui EPI’s acessando o Instagram.

Michele Costa: muita dedicação e persistência para empreender

Michele Costa queria dar mais atenção ao filho e ter liberdade profissional. Foi em um momento turbulento da sua vida que ela conseguiu realizar este desejo.

“Meu filho pequeno tinha um ano e naquela época a empresa onde eu trabalhava necessitou passar por uma reestruturação. Então eu comecei a trabalhar das oito da manhã até às dez da noite, de segunda a segunda. Meu filho ficava na escolinha por período integral e a noite ficava com meu esposo”, conta. “Só que ele começou a ficar muito doente. Teve semanas que quase todos os dias saía do trabalho direto para o pediatra. Precisava dar atenção a ele e ao mesmo tempo trabalhava muito! Conversando com alguns amigos, um deles me ofereceu o negócio dele em Campo Grande, atuando com transporte. Eu aceitei e assim comecei a empreender!”.

Michele aceitou o desafio e começou o próprio negócio para ter mais liberdade e poder cuidar do filho. “No início foi muito difícil, já que naquela época eu não tinha habilitação. Tive que começar na autoescola e aprender a dirigir rapidamente, para poder tocar o negócio”, explica. O amigo que transferiu o trabalho da empresa para Michele auxiliou em todo o processo, e abriu caminho para que ela aprendesse tudo sobre empreendedorismo na prática. “Ele me ensinou como usar o sistema de digitação e envio de pedidos. Neste meio tempo tive que aprender a dirigir, a abrir empresa e a atuar nela. Mas meu filho poderia estar comigo, isso valia!”.

Após enfrentar uma crise, Michele quase perdeu o negócio. Mas com garra, ela seguiu firme e solicitou a ajuda do Sebrae para dar a volta por cima dos problemas. Foi então que ela começou a atuar com cosméticos na Best Line.

“Em 2020 tivemos uma crise financeira e novamente tivemos que nos reinventar, pois perdemos tudo o que tínhamos. Meu marido foi trabalhar como motorista de Uber, e até me pediu para acabar com a empresa. Foi aí que resolvi pedir a ajuda do Sebrae. As consultoras foram fundamentais para que eu permanecesse acreditando no meu sonho e no meu projeto! Participei de várias oficinas que me fizeram me profissionalizar e entender mais sobre gestão”.

Sobre os desafios de começar um negócio, Michele conta que é preciso ter os pés no chão: “Começamos com a ilusão de que o retorno seria imediato, mas ninguém começa um negócio com dinheiro sobrando. É importante entender isso! O conhecimento também é essencial no começo. O Sebrae me deu uma visão de como profissionalizar meu negócio”.

Conheça mais sobre a loja de cosméticos da Michele, acesso o @bestline.cosmeticos

Da informática ao setor automotivo: 12 anos empreendendo.

Daniel Carvalho, 40 anos, sempre trabalhou junto a grandes empresas na área de informática e saúde pública. O seu desejo de empreender nasceu depois de passar por algumas dificuldades no trabalho:

“Minha história empreendendo começou no final de 2007. Eu sempre fui funcionário, tenho formação em processamento de dados e especialização na área de saúde pública. Era administrador de rede no Banco do Brasil e sempre estudava muito para conseguir ingressar em cargos cada vez maiores neste ramo.

Daniel, há 12 anos empreendendo.

Até que surgiu um novo presidente na empresa que fez uma reestruturação geral e acabou com os cargos que eu estava desejando ocupar. Isso acabou me desmotivando! Meu chefe me deu o alerta que eu precisava para procurar algo próprio e começar a me dedicar. A partir daí, tomei a decisão de empreender.

Depois de estudar sobre empreendedorismo e entender quais caminhos ele poderia seguir a partir daí, Daniel começou a se encontrar. Após uma leitura específica, ele se sentiu motivado a começar o seu negócio.

“Busquei muita literatura até que me veio um start. Li o livro Pai Rico e Pai Pobre e logo pensei: preciso mudar! Estava desmotivado na minha profissão e fui buscar um novo ramo, estudei bastante e fui procurar algo com que me identificasse”.

Depois de ter certeza do que queria, ele foi atrás dos seus sonhos. Buscou o Sebrae e começou a se especializar: “Eu não tinha nenhuma noção de gestão, minha família não é empreendedora. Então eu não tinha cultura. Foi aí que procurei o Sebrae. Lá fiz vários cursos na parte de finanças, gestão de pessoas, entre outros. Desenvolvi meu conhecimento sobre marketing, comercial, o planejamento da empresa, tudo com ajuda deles”.

“Em 2009 apareceu uma oportunidade de comprar a oficina que tenho hoje. Meu cunhado já trabalhava nesta oficina e me falou sobre ela. Me interessei de cara e fiquei 3 meses estudando o seu funcionamento. Entendi as perspectivas do negócio e comecei a identificar vários pontos que podiam ser melhorados. Eu sabia que poderia viver disso no futuro”.

O momento de arriscar tudo (o Sebrae ajuda)

Sempre junto ao Sebrae, Daniel foi persistente e se arriscou para iniciar sua jornada com o próprio empreendimento. Ele participou do projeto “Nascer Bem”, onde teve o suporte que precisava para começar a colocar seus planos em prática.

“Fiz um financiamento da minha casa, arrisquei e acabei comprando a oficina. Logo veio aquele dilema: na teoria é uma coisa, na prática é outra! Seis meses depois, meu cunhado, que trabalhava comigo lá, recebeu uma grande proposta de emprego. Ele aceitou e eu me vi numa situação mais complicada ainda. Tive que tocar tudo sozinho a partir dali. Eu ainda trabalhava em uma empresa e fiquei me dividindo por anos desta maneira”.

Entre o emprego formal e a oficina, o empresário trabalhava muito diariamente para manter tudo em ordem em ambas as ocupações. Em 2013, quando surgiu uma oportunidade de empreender em mais um negócio, desta vez na área de construção civil, ele se viu obrigado a deixar seu cargo como funcionário CLT.

“Assim passei a viver somente do empreendedorismo. Neste tempo todo, sempre fui buscando cursos, consultorias e tudo mais. Assim fui tocando e aprendendo com as minhas duas empresas. Hoje já temos 12 anos de estrada. Sabemos que não é fácil empreender no Brasil, mas a gente vai se superando”.

Em 2018, por conta da dificuldade em encontrar mão de obra especializada e também pelo alto custo, Daniel acabou fechando sua empreiteira. Mas sua oficina mecânica segue em funcionamento, sempre se reinventando e superando as adversidades. Hoje, o seu sustento vem da sua dedicação e esforço para empreender.

Conheça o trabalho do Daniel no Instagram: Minas – Centro Automotivo

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