Empreendedorismo

10 julho, 2019 • Empreendedorismo

Educação empreendedora: formando empreendedores de sucesso em Costa Rica

Projetos que fomentam a educação empreendedora e o empreendedorismo na cidade foram vencedores do Prêmio Prefeito Empreendedor 2019.

A escola é o local responsável por preparar os estudantes para o mercado de trabalho, além de formar cidadãos críticos e conscientes que possam se tornar agentes de mudança na sociedade. E quando pensamos no modelo educacional, vemos uma escola com foco no professor e os alunos apenas assimilando o que é lhes é passado.

Mas, levando em consideração que nossa sociedade está em uma constante transformação digital, esse sistema é capaz de, além de os preparar para a vida adulta, desenvolver todo o potencial de proatividade e ação das crianças?!

Com este questionamento em mente, muitas iniciativas inovadoras têm surgido em escolas pelo Brasil afora, mas não precisamos ir longe para encontrar ótimos exemplos.

Formando empreendedores

O Projeto Empreendedor do Futuro em Costa Rica/MS foi vencedor da categoria Empreendedorismo na Escola da última edição do Prêmio Prefeito Empreendedor do Sebrae.

A iniciativa teve como foco a rede municipal de ensino e a inserção de disciplinas na grade curricular que fossem capazes de despertar o espírito empreendedor nas crianças e adolescentes. O Sebrae/MS contribuiu trazendo capacitação aos professores com a metodologia do empreendedorismo e acompanhou parte dos trabalhos do projeto.

“Os ensinamentos são passados por meio das disciplinas de Educação Financeira e Empreendedorismo. Os alunos estão aprendendo a poupar, reconhecer melhor o valor do dinheiro, entender o conceito de lucro e prejuízo e a importância de se fazer um planejamento para o seu negócio. Além disso, eles estão aprendendo a fazer orçamento familiar, o que influencia os pais a terem uma boa prática em gestão financeira”, explica Waldeli dos Santos Rosa, prefeito de Costa Rica.

Todo esse conhecimento já faz parte da vida de Lívia Manchado de Paula desde o primeiro ano do ensino fundamental. Com apenas 8 anos, Lívia possui sua própria loja de quadros, a Arte Colorida. “Aprendi a fazer contas e guardar dinheiro na aula de matemática, mas a ideia da loja eu tive sozinha”, conta Lívia.

De acordo com a garota, o mais importante que aprendeu com as aulas foi a poupar o dinheiro que ganha com as vendas. “Eu guardo para poder comprar mais material para fazer os desenhos”, diz. 

Segundo Aline Cristina Manchado, mãe de Lívia, o comportamento da filha com relação a dinheiro mudou depois que ela começou a ter as aulas focadas no empreendedorismo. “No primeiro ano do fundamental, ela estudava em uma escola rural, cujo foco era fazer os alunos cultivarem temperos para depois vender. Agora no segundo ano, ela está em outra escola, mas que também tem as aulas de educação e financeira e empreendedorismo que ficam dentro da disciplina de matemática”, conta.

Aline notou que até as idas ao supermercado tem sido diferentes, a filha observa mais os preços e já consegue identificar quais produtos estão muito caros. “Ela fala ‘olha, mamãe, isso está muito caro, vamos levar na próxima’. E outra coisa que eu notei é que ela ficou menos vergonhosa, está mais desinibida para falar com as pessoas. Acredito que a escola tem contribuído para desenvolver essa característica de “vendedor” nas crianças”, finaliza.

Ensino que ultrapassa os portões da escola

Além do prêmio Empreendedorismo na Escola, Costa Rica também venceu na categoria Inovação e Sustentabilidade com o projeto Costa Rica Incrível. A iniciativa visou aumentar o faturamento dos empreendedores locais, dando foco às atividades ligadas ao turismo, atraindo eventos de esportes de aventura para a cidade. O Sebrae/MS também foi parceiro da iniciativa, oferecendo consultorias, palestras e treinamentos para os empreendedores e a Prefeitura.

De acordo com a Prefeitura de Costa Rica, os principais resultados conquistados com o projeto foram o aumento do faturamento das bicicletarias, tanto com novos clientes da localidade, quanto com turistas adeptos do mountain bike. Consequentemente, o portfólio oferecido cresceu e foram introduzidos serviços de alto valor agregado que envolvem a calibração do equipamento, hidráulica, aerodinâmica, absorção de impacto, entre outros.

“Aumentou bastante o fluxo de pessoas com os eventos de esportes radicais na cidade, então, ganhamos com o aumento no movimento de clientes. E uma coisa puxa a outra, aumenta o trabalho, a qualidade das bicicletas, o valor das peças e isso dá uma diferença no faturamento. Por isso, estamos sempre buscando fazer cursos na área, para poder acompanhar as mudanças nos modelos e peças e, assim, atender melhor os clientes”, comenta Rafael “Tufão”, dono da Oficina Monark.

O projeto beneficiou empreendimentos, como os hotéis, restaurantes, bares e lanchonetes, que tiveram um aumento no faturamento e implementação de melhorias na infraestrutura. Também houve aumento da contratação de monitores e condutores de Turismo para visitar os principais atrativos turísticos.

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