Empreendedorismo

13 setembro, 2017 • Empreendedorismo

Muito além do lucro

Já parou para pensar o quê empresas como Disney, Ford, Apple e Nike têm em comum? Além de serem mundialmente conhecidas e muito valiosas, foram criadas com o objetivo de realizar um sonho, de cumprir um propósito de vida. Em todos os lugares é possível encontrar empresas que existem para servir a algo que vai muito além do lucro. O chamado empreendedorismo criativo também tem seu espaço por aqui.

Por aqui e na casa da Vanessa Martins Nigres também. Publicitária por formação e apaixonada por marketing, Vanessa atuou na área até 2013. Em janeiro de 2014, com a transferência do esposo, Lincoln, mudou-se com a família para o interior de São Paulo. Na cidade nova, sem conhecer ninguém e com duas filhas pequenas, Vanessa viu na situação uma oportunidade.

“A gente, que trabalhou a vida inteira fora de casa, quando para de trabalhar quase fica doida. Comecei a pensar e a me perguntar: o que é que eu sempre fiz e que todo mundo sempre elogiou? Os doces!”, relembra.

Assim nasceu a “Feito em Casa Gostosuras”, uma empresa de bolos, que – como o próprio nome já diz – eram feitos na casa da Vanessa mesmo. As primeiras clientes foram as mães das amigas das filhas na escola, as redes sociais e a propaganda boca a boca ajudaram a fortalecer o negócio. No entanto, no final de 2015, surgiu a oportunidade da família voltar para Campo Grande.

Vanessa deu continuidade à ideia. Com os aprendizados obtidos no Programa Nascer Bem, a família e amigos por perto para dar aquela força, o negocio cresceu muito mais rápido, a página no Facebook continuou recebendo encomendas e, em janeiro deste ano, a empresa ganhou uma loja física, no bairro Cidade Jardim.

“Quem mora em Campo Grande percebe que existem negócios que estão na ‘moda’. Casas de bolo ainda são uma febre na cidade, mas o nosso diferencial é que tudo que a gente vende é receita de família. Sabe aquele hábito de abrir o caderno de receitas e ir fazendo passo a passo? Então, são receitas da minha mãe, da minha avó, e fazemos exatamente como fazíamos em casa, sem conservantes, com frutas frescas”, conta Vanessa.

Além do bolo de cenoura com calda de brigadeiro e do bolo de iogurte, que são os mais pedidos, a loja oferece sobremesas variadas, o pão de mel da mãe (que Vanessa já vendia na época da faculdade) e o famoso bolo de coco gelado.

“A gente quer despertar emoções nos nossos clientes. Queremos que o cheiro e o sabor de cada mordida remeta à infância, a uma lembrança feliz, a alguém especial”, comenta.

Criatividade verde

Se a gente reparar que o sobrenome da Ana Paula é Palmeira e que ela é torcedora fanática do “Verdão”, fica fácil entender porque seu negócio tem o nome de “Parmelitas”. Funcionando há dois anos, o negócio não nasceu de uma hora para outra, foi tomando forma, ganhando vida, a cada elogio nas fotos e a cada presente que dava para seus amigos.

“Sempre gostei muito de plantas, em especial de cactos e suculentas. Toda vez que ia ao mercado, à feira ou à floricultura, comprava para mim, mas não gostava dos vasos de plástico. Uma vez, achei mini-vasos de cerâmica e comprei também algumas tintas. Em casa, decorei meu vasos e postei fotos nas redes sociais. Os amigos elogiaram tanto, que comecei a fazer para dar de presente”, relembra Ana Paula.

Também publicitária, Ana sempre teve talento para as artes, desenhos e pinturas. Dos presentes para os amigos e da propaganda boca a boca, começaram a aparecer as primeiras encomendas.

“Nunca gostei de plantas artificiais então vi nesses vasinhos a oportunidade de resgatar o cuidado das pessoas com as plantas. Quero que elas tenham mais contato com o verde. E quando uma pessoa leva Parmelitas para casa, ela leva uma peça feita com muito carinho, leva mais cor, mais alegria e mais vida”.

Com o apoio da mãe e da filha, Giullia, que por sinal foi quem encontrou o nome ideal para o negócio, Ana passou a se dedicar exclusivamente à Parmelitas e ampliou o leque de opções. Além dos vasinhos, a marca de decoração e artesanato especializada em personalizações faz também banquinhos, tábuas de carne, pratos de cerâmica, garrafas, latas. Tudo muito colorido e divertido!

Animada com o sonho de viver da Parmelitas, Ana começou a cursar a faculdade de Artes Visuais.

Além de aprimorar algumas técnicas, Ana acredita que o curso pode agregar mais valor ao trabalho. Dar aulas também está nos planos dela.

“Tenho muitas ideias ainda para desenvolver, mas como estou sozinha, não consigo produzir um volume muito grande de peças. Cada peça é produzida a mão, de forma bem artesanal mesmo, coloco sentimento, coloco carinho. É trabalhoso, mas é muito satisfatório”, comemora.

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