Empreendedorismo

11 janeiro, 2016 • Empreendedorismo

Nascimento da sobrinha inspira negócio que proporciona comodidade às mães

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Karla oferece serviço de entrega de roupas infantis em domicílio

Com o nascimento da sobrinha Beatriz, a fisioterapeuta Karla Silva deixou o emprego de 10 anos para oferecer serviço de entrega de roupas infantis nas casas das mães, além de vender para todo o Brasil pela internet.

Por mais que se prepare para o momento, o nascimento de uma criança transforma a rotina de qualquer um. Na família de Karla Silva, 37 anos, ninguém poderia prever, no entanto, que a chegada da sobrinha Beatriz Colonize, em abril de 2011, provocaria mudanças tão expressivas. Atuando como fisioterapeuta na Santa Casa de Campo Grande havia 10 anos, ela pedira demissão do trabalho para ajudar a irmã e a mãe a cuidar da menina.

O vai e vem das compras do enxoval da sobrinha trouxe a Karla uma ideia: “Que tal oferecer às mães um serviço de entrega de roupas infantis que as poupassem do incômodo de sair correndo pela cidade atrás desses produtos?” Depois de alguns meses de preparação e busca por orientação, em janeiro de 2012 nasceu a Mãe Coruja Roupas Infantis. “Começamos atendendo crianças de 0 a 10 anos, mas logo percebemos que nosso maior público eram crianças entre um e 10 anos e passamos a focar nessa faixa”, relata.

Mas, como atender a essas mães com comodidade, praticidade e conforto, para que elas não precisassem sair de casa com os filhos para comprar roupas? Para Karla, essa resposta foi fácil: “Assim que a mamãe entra em contato conosco, levamos até ela uma malinha cheia de opções, conforme o sexo e a idade da criança, e ela pode ficar com as roupas por 24 horas. Caso não fique com nada, não tem problema, nosso serviço não tem compra mínima, nem taxa de entrega e tampouco obriga a cliente a comprar qualquer peça”.

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E a Beatriz, responsável por toda essa mudança? Hoje, aos quatro anos, ela é a mascote e garota propaganda do empreendimento, instalado na sala da casa de Karla, e envolve toda a família. “A Beatriz me ajuda a montar as malinhas, a atender às clientes nas visitas e quando participamos de bazares pela cidade. Enquanto trabalho, ela brinca com as crianças”, relata Karla, contando que a menina é a modelo para os produtos que fazem mais sucesso: os vestidos artesanais, confeccionados em ateliers locais.

Inspirada pela disposição de Beatriz, a loja de Karla pode se considerar um exemplo genuíno de negócio familiar. As irmãs ajudam a entregar as malinhas quando há várias clientes agendadas para os mesmos horários, a mãe confecciona as mantas de crochê e ajuda quando o atendimento é marcado na casa da família, e o pai divulga os produtos entre os amigos e conhecidos, além de ter dado apoio no início das vendas.

Recentemente, a Mãe Coruja deu Lugar à Karlota Joaquina, “a mesma loja, o mesmo conceito, mas com um novo nome e com a novidade da lojinha online – www.karlotajoaquina.com.br”, conforme explica a empreendedora. “Como já vendíamos para outros estados e cidades pelas redes sociais, sentimos a necessidade de oferecer mais essa praticidade aos nossos clientes”, acrescenta. Com o novo serviço online também vieram novos produtos para decoração.

Embora faça uso de todas as novas ferramentas tecnológicas para expandir o negócio e a renda da família, Karla conta que é a relação de amizade com as clientes que mais a fascina. “Algumas frequentam a minha casa, saímos para tomar um café. Em outros casos, quando vou entregar ou buscar a malinha, a visita se transforma em um bate-papo de uma, duas horas. Sempre tem um lanchinho, um suco. E recebo convite para batizado, aniversário, almoço com a família”, salienta.

Para a comerciante, essa relação demonstra o quanto um pequeno negócio pode cruzar os limites da mera operação fria de compra e venda que domina o mercado, proporcionando satisfação e realização para os dois lados. “Os filhos das minhas clientes/amigas me mostram o caderno da escola, me entregam desenhos, bombons… E quando isso acontece, tenho a certeza de que essas pessoas fazem parte da minha vida e percebo o quanto sou grata e realizada pela confiança de abrirem suas casas para mim”, orgulha-se.

Texto: Fernanda Oliveira para a campanha do Movimento Compre do Pequeno – Sebrae.
Texto original publicado no Campo Grande News.

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