Empreendedorismo

15 dezembro, 2017 • Empreendedorismo

O que as perdas estão fazendo com o meu lucro?

Em um setor que possui margens de lucro tão enxutas como os mercados varejistas, o controle e a prevenção das perdas – nas suas mais variadas modalidades – podem fazer a diferença na sustentabilidade e crescimento do negócio. De acordo com a 17ª Avaliação de Perdas nos Supermercados Brasileiros, elaborada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as perdas do setor chegam a 2,1% do faturamento. Se esse percentual influencia os grandes supermercados imagine o quanto ele não pode ser prejudicial ao pequeno varejo.

No cenário econômico que se tem hoje, manter a lucratividade virou um desafio e evitar prejuízos está diretamente ligado a ele. Por isso, aproveitamos a visita do Diretor do Grupo Martins, Ismael Ferreira Carrijo, a Campo Grande e preparamos uma série especial sobre o assunto. Ao longo de quatro reportagens Ismael e outros profissionais e empresários dividem com a gente o conceito de perdas, os tipos, os impactos e, claro, as melhores formas de preveni-las. Aproveite!

Do começo

São consideradas perdas todas interferências negativas no resultado da empresa e que geram – como consequência final – a redução do lucro.

“Elas podem acontecer em qualquer lugar do estabelecimento e em todo o processo de movimentação das mercadorias: do recebimento no depósito, passando pela reposição do produto na gôndola até na frente de caixa. Por isso quanto maior o mix e o volume de mercadorias, maior o risco”, explica Ismael.

Tipos de perdas

Saber identificar o tipo de perda que acontece no seu estabelecimento é fundamental para agir na sua redução e prevenção. Separamos aqui em dois grupos, que se subdividem nos exemplos.

– Perdas conhecidas, também chamadas de operacionais, são as que acontecem durante a execução da rotina da loja e são as mais comuns. A notícia boa é que são fáceis de serem corrigidas, por meio de treinamento de equipe e adoção do método PEPS, por exemplo. São os danos causados pela movimentação dentro da loja, como as quebras e amassados, os produtos vencidos e os perecíveis deteriorados.

– Perdas não identificadas, também conhecidas como invisíveis, são mais difíceis de controlar, pois não podem ser previstas e demoram para serem descobertas. São os furtos e fraudes, que acontecem tanto por parte de funcionários quanto por clientes ou fornecedores, e os erros administrativos, geralmente ligados a falhas em cadastros, planilhas e sistemas mal alimentados.

Para Ismael, essas últimas são as que devem receber maior atenção. “A grande questão é que não existe um boleto de perdas com um valor pré-definido para ser pago. Então, teoricamente, o empresário não sente pesar no bolso, é uma conta ‘invisível’, que ele nem sabe que está pagando e só descobre quando – e se – fizer um controle bem rígido”, comenta.

Gostou do que leu até aqui? Continue acompanhando nossa série especial sobre controle e prevenção de perdas em mercados.

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