Um bom líder sabe assumir riscos, gosta de trabalhar com pessoas e acompanha as mudanças tecnológicas para desenvolver novas competências técnicas e conseguir formular novas estratégias motivacionais para a sua equipe. Para isso, os empreendedores precisam desenvolver habilidades de comunicação, dominar os processos da empresa, além de aliar as necessidades do negócio com as necessidades dos seus colaboradores.
A infinidade de modelos de liderança que podem ser adotados dificulta na hora de escolher o modelo mais adequado a ser aplicado no seu negócio. A estratégia para micro e pequenos empreendedores é pensar em como organizar o seu negócio, de forma efetiva, para permanecer nesse mercado competitivo.
De acordo com o palestrante de vendas, Thiago Concer, entre os diversos tipos de liderança que existem, o que mais se destaca nesse cenário atual é a liderança situacional. A teoria foi desenvolvida pelos estudiosos norte-americanos Paul Hersey e Kenneth Blanchard no livro “Psicologia para Administradores”.
Também conhecido como liderança contingencial, os autores identificam o líder de alta performance como aquele que consegue alinhar o perfil de cada profissional, com as condições técnicas do negócio. O objetivo dessa nova liderança é saber administrar de acordo com a situação, e a principal diferença entre esse tipo de liderança das demais é a capacidade de analisar o perfil do liderado.
Assim, fica mais fácil de atribuir tarefas adequadas, de acordo com os diferentes níveis de capacidade dos colaboradores.
Como o líder situacional deve agir?
Segundo a coaching de resultado, Caroline Reis, a teoria da liderança situacional está bem alinhada com o dinamismo das organizações, equipes e do mercado. “Particularmente eu não gosto de fórmulas prontas quando se trata de gestão, mas o interessante é que esta determina que não há fórmulas na gestão de pessoas, que tudo é relativo”, explica.
A condução dos liderados é feito de acordo com o estágio de maturidade de cada um deles. Os estilos de liderança situacional para cada estágio são divididos em quatro e vão evoluindo do menor para o maior grau de maturidade. Na prática, funciona assim:
Estilo 1: Aqui, os liderados são classificados com maturidade baixa, ou seja, exigem direção e acompanhamentos de perto do líder para a execução das tarefas. Esse estilo se encaixa bem para estagiários, auxiliares, assistentes ou profissionais com pouca experiência na área ou confiança.
Estilo 2: Os liderados são classificados com maturidade média e moderada, capazes de cumprir com suas tarefas, mas ainda enfrentam dificuldades. Esse estilo se encaixa nos casos de profissionais plenos, analistas ou que possuem experiência, mas que precisam de um suporte maior dos líderes. Neste caso, é interessante oferecer orientação e feedback constante ao liderado, além de dar apoio para que desenvolvam suas habilidades.
Estilo 3: Os liderados possuem maturidade moderada a alta, com bastante domínio de conhecimento e experiência, sem necessidade de supervisão para cumprir o que é exigido. Mas, esses profissionais carecem de estímulo para realizar o que é necessário. Por isso, cabe ao líder oferecer apoio e solicitar a colaboração do subordinado para que ele se sinta valorizado no ambiente de trabalho.
Estilo 4: Aqui se encontram os profissionais com alta maturidade, dotados de todas as habilidades necessárias e autogerenciáveis. Esses profissionais devem contar com a confiança do líder para ter autonomia na criação de soluções e atuar por conta própria.
Mesmo que esse modelo de gestão de pessoas pareça óbvio, liderar situações diferentes, de maneiras diferentes, requer discernimento e sensibilidade do líder em analisar o estágio de maturidade dos seus colaboradores. Por isso, essa liderança não serve para todos e é preciso desenvolver habilidades, como por exemplo empatia, flexibilidade e comunicação.
E aí, gostou do conteúdo? Agora é só analisar como está a liderança na sua empresa e estudar a possibilidade de colocar em prática esse novo modelo de gestão de pessoas para melhorar os seus resultados.