A recessão que marcou o ano de 2016 parece não ter existido para o mercado de franquia no Brasil. De acordo com a ABF (Associação Brasileira de Franchising), o setor cresceu 8,3% na receita em relação a 2015, ou seja, o faturamento passou de R$ 139,593 bilhões para R$ 151,247 bilhões.
Mas, afinal de contas, o que faz esse modelo de negócio crescer enquanto outros amargam índices negativos?
A Diretora Regional da ABF no Centro-Oeste, Claudia Vobeto, atribui o bom desempenho diante da crise à preparação que o setor vem adotando há alguns anos.
“Desde 2012, o setor vem numa busca incessante por eficiência, novos mercados e ações diferenciadas para atrair um consumidor ainda retraído. Além disso, a operação em rede é muito importante”, explica.
A operação em rede sobre a qual Claudia comenta, garante muitas vantagens, como a facilidade de renegociação de custos e a troca de experiências entre os franqueados, por exemplo.
Na maior e mais antigas rede de franquias campo-grandense, a Multicoisas, o faturamento teve um incremento aproximado de 7% em 2016, em comparação a 2015, fechando o ano com R$ 446 milhões.
O resultado positivo perante o período conturbado da economia, de acordo com o CEO da Multicoisas, Fabian Magalhães, se deve a estratégias que foram pensadas para ajudar a rede como um todo.
“O cenário mudou o comportamento das pessoas e o chamado ‘Faça Você Mesmo’ começou a ser mais praticado. Aumentamos o mix de produtos e ferramentas utilizados nessa prática. Demos atenção maior também àqueles produtos que trazem economia direta para a conta da família, como o caso da substituição das lâmpadas convencionais pelas de led”, exemplifica Fabian.
Para ajudar os franqueados a enfrentar esse momento de desafios, a rede também buscou fazer melhorias na gestão dos estoques e renegociações com parceiros (shoppings e proprietários de pontos de loja-rua), uma vez que o custo de ocupação também sofreram aumentos durante esse período.
Apostando no modelo de franquia
Desde que o Tibatata foi aberto nos altos da Avenida Afonso Pena há 10 anos, a empresária Ana Paula de Toledo Barros já sonhava em transformá-lo em uma franquia. Da escolha do nome até a padronização dos processos e a construção de toda a operação: tudo foi pensado para ser replicado e compartilhado como franquia.
Em agosto de 2013, surgiu a oportunidade de abrir uma nova loja, dessa vez em formato de shopping. De lá para cá, Ana Paula recorreu ao Sebrae e a consultorias em São Paulo para formatar seu negócio e dar início ao processo de expansão.
“Quando inauguramos essa loja do shopping, vi que o meu projeto de franquia estava ganhando vida e usamos essa nova unidade como piloto para adequar equipe, ferramentas e controles. Nosso processo de expansão coincidiu com a crise, mas nunca pensamos em desistir, até porque o investimento não foi baixo. O que fizemos foi desacelerar, ser mais realistas e reduzir um pouco as expectativas. Isso mostra a maturidade do negócio, que é fundamental para esse modelo”, conta Ana Paula, que tem recebido prospecções de interessados em se tornar franqueados Tibatata no interior de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
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