Planejamento Estratégico

16 novembro, 2018 • Planejamento Estratégico

Negócios escaláveis: estruturas enxutas que quebraram barreiras

Você já deve ter ouvido falar daquelas empresas que começaram em um pequeno escritório, em uma garagem ou até em um fundo de quintal e que, mesmo com pouco investimento e mão de obra reduzida deram certo, não é mesmo?

São empresas que cresceram de maneira proporcional, se adaptando ao cenário, sem a necessidade de aumentar seus custos operacionais e, que, dessa maneira, passaram a ter crescimento progressivo de seus lucros, mesmo com uma estrutura mais enxuta. Essas empresas são o que o mercado chama de “negócios escaláveis“.

Em Mato Grosso do Sul, um dos exemplos disso é o Trucadão, um site de vendas que atua na comercialização de caminhões, tratores, máquinas pesadas, implementos e peças. O negócio nasceu em 2012 no quarto do empresário Alfeu Vilela Alves, em parceria com o irmão Diogo. Em 2013, a empresa expandiu com a entrada de dois novos sócios investidores, Rodrigo Silva e Edinei Marcelo.

“Começamos como uma startup, colocamos nossa ideia no mercado e fomos atrás de investimentos. Sempre soubemos que nosso negócio seria escalável, o problema era se o mercado enxergaria nossa ferramenta como uma solução”, explica.

No entanto, a aceitação pelo mercado foi tão positiva que hoje o site conta com mais de 200 mil usuários por mês espalhados em todos os estados brasileiros. Tudo isso com uma equipe de apenas 11 colaboradores diretos e indiretos.

Até o fim de 2018, a ideia de Alfeu e dos sócios é lançar, também de forma escalável, um consórcio de veículos e implementos e, no próximo ano, entrar com soluções para o segmento para caminhões e máquinas.

Mundial

O empresário Flavio Estevam fundou em 2015 o Dinneer.com, um marketplace de jantares compartilhados que nasceu com o objetivo de conectar quem ama cozinhar e quem deseja ter uma experiência gastronômica diferente das tradicionais. “Tive a ideia de fazer o negócio, em dois dias coloquei o site no ar e cinco dias depois já estava realizando a primeira experiência em Londres, mesmo estando em Campo Grande. Isso foi uma prova que o negócio seria global já que a validação foi na prática, colocando o serviço à prova, mesmo sem ter uma tecnologia pronta. Para realizar o jantar fora do Brasil foi usado apenas o WhatsApp e um gateway de pagamento internacional”, explica.

Ele conta que o negócio foi crescendo exponencialmente, o que exigiu uma adaptação dos planos de expansão da empresa. Todos os planos criados não suportaram duas semanas de crescimento, pois surgiam novos caminhos e fórmulas de desenvolvimento e era necessário revisar e adaptar novamente. Depois de três anos, Dinneer.com soma, atualmente, 4 mil anfitriões em 520 cidades de 49 países e continua adaptando e estruturando processos a cada dia. “Claro que depois de muito aprendizado conseguimos construir processos mais assertivos e estruturados”, pontua Estevam.

Mas, afinal, o que um negócio precisa ter para ser escalável?

Confira quatro pontos fundamentais:

1. Ele deve ter um modelo replicável, ou seja, que seja fácil de ser replicado em outros ambientes, sem necessidade de adaptar. Sua operação deve ser simples e sua implantação, fácil.

2. Os custos não devem crescer na mesma proporção com os ganhos, sendo assim, a ideia é que as despesas devem ser diluídas de acordo com o crescimento. Esses gastos podem até crescer, mas sempre em um ritmo menor.

3. Como o modelo deve ser fácil de replicar isso significa que há maior capacidade de expansão para novos mercados. É preciso, então, estar atento a fatores como estrutura para treinar equipes e gerenciar unidades, por exemplo.

4. Outro ponto muito importante é que um negócio escalável deve ter uma boa capacidade de negociar com fornecedores, conseguindo condições melhores e trabalhando o poder de barganha.

 

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