Na sexta-feira a happy hour depois do trabalho é quase um compromisso semanal. Depois de um descanso, todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite e no domingo um cineminha ou encontro com amigos sempre é uma boa pedida. Depois disso tudo chega a segunda-feira. É hora de voltar à rotina, seja ela no trabalho, na faculdade ou no colégio… Independente de qual for a sua atividade, parece quase impossível ter ânimo para começar este dia. Talvez por isso, a segunda-feira seja conhecida como o dia mundial da preguiça.
Estudos revelam que levantar da cama nesse dia é difícil e a maioria das pessoas quer distância do despertador. Mas afinal, o que tem nessa tal de segunda-feira que deixa tanta gente com desânimo? Existem atividades a serem cumpridas logo quando o dia começa e isso exige um pouco mais do ser humano, que propaga logo de cara o seu lado preguiçoso.
Se for uma questão cultural ou se o nosso corpo se acostumou com esse início de semana mais lento é difícil saber. Mas os trabalhadores estão cientes de que se faltarem ao trabalho na segunda-feira podem gerar atritos com seus respectivos chefes.
Ela, que é o símbolo do primeiro dia de trabalho da semana, costuma ser também o primeiro dia do martírio semanal; para alguns, o primeiro dia da realização de seus sonhos, o primeiro dia para buscar novas oportunidades ou o primeiro dia de problema da semana, e por aí vai… O importante é tentar mudar o conceito de quem não gosta de nenhuma segunda-feira e saber refletir um pouco mais sobre a sua vida, pois, é de segunda a sexta que seus sonhos saem do lugar.
Janaína Mansilha, assessora de imprensa SEBRAE/MS, é adepta às segundas-feiras. Para ela a semana começa com as forças renovadas após um final de semana de descanso ao lado da família e amigos. “Segunda-feira é bom para fazer o planejamento de toda a semana no trabalho. Chego mais cedo e determino as prioridades e tarefas mais importantes.”
Se você é líder, por que não perguntar à sua equipe se eles gostam da segunda-feira. Faça algo que permita respostas anônimas, se necessário, pois, obter 100% de pessoas que amam esse dia vai ser impossível. O foco é trabalhar sempre de forma positiva com aqueles que não gostam e são importantes para tornar seu trabalho mais agradável e, por consequência, a sua própria produtividade e automotivação.
Como é o caso da Janaína Machado, sócia diretora da Plano B Consultoria Empresarial e Assessoria de Imprensa em Niterói-RJ, onde ela nos conta que já gostou menos da segunda-feira quando trabalhava em uma organização. “Tinha pânico quando terminava o domingo, principalmente quando ouvia a música do Fantástico. Para dormir era um tormento. Fritava na cama e quando conseguia dormir já estava na hora de acordar. Tinha pavor também por que tudo que havia feito na semana anterior refletia na semana que começava e eu não sabia como iria repercutir. Era uma tensão brutal. Só relaxava mesmo lá pela quarta-feira”.
Hoje, dona do seu próprio nariz, o estresse acabou. “Se há estresse, sou eu que estou criando. Tenho meu horário, minha vida controlada, já posso até escutar a música do Fantástico sem trauma.”, revela. Pergunto ainda por que a maioria das pessoas não gosta desse dia. E a jornalista tem a resposta na ponta da língua. “Porque sempre vem acompanhando de dois dias de parada, descanso, onde as pessoas fazem o que desejam, sem pressão, sem metas e objetivos que devem ser cumpridos dentro de uma organização”.
Portanto, se você é daqueles que passa a maior parte da sua vida no papel profissional, não fique com este estado de tristeza, desespero ou de conformismo, pois a sua semana só vai piorar. Aí não tem motivação, gestão de tempo ou um programa de incentivo que dê jeito. Pra você que começou a “segundona” mal humorado, não desanime. Sorria. Pode ter certeza de que você não é o único que esta sonhando com a sexta-feira.
Sylvia Simocelli
Estação Sebrae
