Cada canto do país tem um tipo de artesanato, rico em características de cada estado, o que reflete em cada produto a arte e a cultura de um povo. Com a venda de peças únicas e personalizadas, principalmente para turistas, além de preservar a cultura, também desenvolve a economia local, gerando emprego e renda para a comunidade.
Aqui no Centro-Oeste, os artesãos produzem diversas peças que vão desde decoração até acessórios com materiais que remetem ao cerrado, como por exemplo argila, pedra, madeira, cerâmica, arenito, osso, couro, fibras, bambu, raízes, palha, folhas, sementes, frutos e flores.
Um dos exemplos em Campo Grande é a artesã conhecida como Maria Karaguatá. Atualmente com 61 anos, ela conta que começou a desenvolver colares a partir de cerâmicas e cordas depois de aposentada. “Minha inspiração, principalmente de cores, são dos elementos regionais, como por exemplo o nosso pôr do sol e os animais, tucano e capivara principalmente, bem característicos do nosso estado”.
De acordo com Maria, o campo-grandense gosta e valoriza o trabalho artesanal, além de o Estado promover o setor com feiras e eventos voltados para esses microempreendedores. “Mesmo minhas peças sendo um pouco mais arrojadas, muita gente gosta. É bastante procurado por ser diferente e muitas pessoas levam para presentear pessoas de outros lugares”, relata.
Para ela, o Sebrae foi importante para qualificação, tanto no processo de design, como no desenvolvimento da marca, o uso correto do marketing digital e na hora de se tornar um microempreendedor individual (MEI).
Arte em ilustrações
Para quem procura ilustrações em papel, aquarela, tela ou até mesmo digital e kokeshis (pequenas bonecas de madeira) precisa conhecer o trabalho de Mari Armôa. Formada em publicidade e propaganda pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), desde muito cedo se dedica ao artesanato, mas entrou como microempreendedora no ramo em 2016 com o Carinhos de Mari.
Atualmente, a única fonte de renda da Mari é com a sua arte e de acordo com ela, o ano de 2018 em Mato Grosso do Sul tem sido muito bom para as vendas de quem trabalha com handmade. “As minhas vendas são 80% para a galera daqui. Tenho vendido pouco para fora, por questão de logística mesmo, mas em breve estaremos colocando o nosso site no ar para atender outros estados e quem sabe, outros países”.
Para ela, o processo criativo é bem prazeroso, porque tenta deixar tudo com personalidade. “O grande problema do artesão: encontrar uma linguagem própria. Temos que procurar referências, estudar, olhar, analisar, acompanhar as tendências mas sem perder a essência da nossa própria personalidade e marca”, explica Mari.
A dificuldade que ela encontra nesse meio é a resistência dos consumidores no valor do produto. “O consumidor final precisa entender que o processo é artesanal e não industrial. Não trabalhamos com máquinas e sim, nossas mãos. Não temos um grande estoque e trabalhamos boa parte sob encomenda”. Mari finaliza explicando que usa o termo “carinhar” em cada peça que fabrica, para que quem consome o seu produto possa presentear, de forma carinhosa, outras pessoas. As peças das duas artistas podem ser encontradas na casa colaborativa feminina Casa Nuvem.
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Em novembro e dezembro, “Turismo e Economia Criativa” são destaque no nosso Sebrae Inspira. Acesse https://www.