Dicas de como o sistema que tem perdas mínimas e máxima produtividade pode melhorar os negócios no campo.
A entressafra que assusta o consumidor pelo aumento dos preços também pode se tornar um pesadelo para os produtores rurais que não conseguem atender a demanda no período. O Conexão Sebrae reuniu algumas dicas para o que pode ser uma alternativa viável de produção, independente do ambiente externo: a adoção do sistema de cultivo em ambiente protegido.
Antes de construir a estrutura, o produtor e os funcionários precisam ser capacitados para desenvolver esse cultivo prolongado. “É uma mudança na forma de manejar a produção, isso requer uma habilidade do produtor em controlar a temperatura interna, por exemplo”, explica o consultor do Sebrae em Mato Grosso do Sul, Élio Sussumu Kokehara.
Com o solo coberto o produtor não precisa carpir, e com o teto protegido, a preocupação com o sol é mínima. “No verão entram as folhas, rúcula e agrião, por exemplo, e no inverno dá para cultivar pepino, pimentão, tomate”, aconselha o consultor.
Adaptável para áreas menores, isolado de pragas, com temperatura ideal e melhor aproveitamento dos insumos agrícolas, o cultivo protegido custa cerca de R$ 200 o metro quadrado. Kokehara explica ainda que, com o retorno financeiro rápido, por causa das perdas mínimas e da venda garantida o ano todo, o cultivo protegido garante a produção inclusive em épocas com melhor preço de mercado.
Corretamente instalado, o plástico dura, em média, quatro anos e a altura da estufa varia de acordo com a cultura e a necessidade do produtor. “O plástico transparente é indicado para hortaliças, mudas e flores, já o sombrite é usado quando precisa diminuir a luminosidade”. Kokehara recomenda que o produtor avalie a própria necessidade na hora de escolher o material para a cobertura. “O sombrite funciona bem agora que está seco, mas na época das chuvas, ele não resolve encharcamentos, já o plástico dá para usar o ano todo”.
Na hora de optar pelo material da sustentação, a resistência deve ser levada em conta. É ela que define a durabilidade da estufa, entre os materiais mais resistentes, estão o metal e o bambu. O consultor recomenda: “ainda que se use o metal, é necessário estar atento na construção da estrutura, ferrugem pode corroer o plástico e rasgá-lo por inteiro”.
Hoje o preço de uma estufa de 75 metros quadrados custa em torno de R$ 3.500. Por ser uma estrutura leve, precisa ser chumbada na base e protegida dos ventos. “Se o vento passa com facilidade, pode levantá-la”, explica Kokehara. E conclui: “o raciocínio para implantar este sistema é, antes de qualquer coisa, avaliar se há mercado para a cultura em questão e depois verificar se a produção esperada cobre o investimento inicial e os custos de manutenção”.
Além de possuir tamanho e altura de acordo com a cultura, para obter um maior aproveitamento do sistema é indicado que a estufa:
– seja construída na direção dos ventos
– tenha solo nivelado
– disponha de água abundante
– esteja protegida do vento
O Sebrae em Mato Grosso do Sul atua na área de agronegócios através de diversos projetos. Entres eles: “Sebrae Rural”, “Despertar Rural – MS” e “Juntos pelo Agronegócios”, além de outros programas e ações. Confira mais informações sobre o SEBRAE pode ajudar você em nosso site: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ms?codUf=13
Fonte: Conexão Sebrae-MS. Ed. 56
Por Laryssa Caetano