Marketing e Vendas

06 maio, 2020 • Marketing e Vendas

Sem deixar as vendas de lado, empreendedores lançam campanhas solidárias para ajudar o próximo durante a pandemia

Muito temos falado aqui no Blog do Sebrae MS sobre os efeitos da pandemia de Covid-19 para as empresas e para a economia. Com orientação, planejamento e tomada de atitude, muitos empreendedores estão conseguindo dar a volta por cima. Hoje viemos contar as histórias de quem tem ido além: tem conseguido se manter e ainda arrumou um jeito de ajudar aqueles que mais precisam.

Do botox à cesta básica

A biomédica Gabriela Teixeira Rigotti teve que fechar as portas do seu consultório em Campo Grande por 15 dias. Sem planejamento para ficar sem receita, retomar as atividades – ainda que por meio período – foi um verdadeiro alívio. Principalmente porque soube que algumas empresas não resistiram e que muitas pessoas perderam seus empregos.

Na tentativa de ajudar a quem mais precisa, Gabriela lançou a campanha Botox Solidário, que consiste na doação de uma cesta básica a cada botox facial adquirido no período de 1º a 8 de maio. “Mesmo tendo algumas dificuldades depois de tudo que aconteceu e ainda vai acontecer por conta da pandemia, o arroz e o feijão na mesa nunca me faltaram. Então tive a ideia de doar os alimentos a cada sessão de botox, que é um procedimento que todas as minhas clientes amam fazer e que tenho uma boa margem de lucro, que dá para ajudar”, comenta.

Gabriela afirma que suas clientes que queriam marcar sessões de botox esperaram a data da campanha para poderem fechar o procedimento e contribuir e que a ideia tem sido muito bem aceita. Como a biomédica ainda não sabe quantas cestas vai arrecadar, não descarta a possibilidade de adiar a campanha até o final do mês. “Quanto mais pessoas aderirem, mais eu consigo ajudar”, finaliza.

Moda fitness & Máscaras

Apaixonada por academia e roupas de ginástica, Gisele Torres começou vendendo peças do estilo fitness de porta em porta, abriu um espaço no fundo da casa da mãe até chegar, com orientação do Sebrae MS, à sua loja, a Gisele Torres Fitness Wear, hoje localizada no bairro Itanhangá Park, em Campo Grande.

Como todas as outras empresas do ramo, a loja precisou fechar por 15 dias, mas antes mesmo do decreto de fechamento, Gisele já havia sentido uma queda no movimento e já havia tomado algumas atitudes, como dar descontos em suas peças e realizar entrega gratuita.

“Ao retomar as atividades com horário reduzido, percebi que a gente precisava se reinventar. Fiz uma ação interna com minhas vendedoras para reforçar a esperança de que tudo isso vai passar e que vai ficar tudo bem de novo e lancei a campanha de doação de máscaras. A cada 100 reais vendidos na loja, a gente reverte o valor de uma máscara em doação para o Instituto Amigos do Coração, que tem confeccionado máscaras para doar no interior”, explica.

20% doação, 100% amor

A loja de roupas femininas SM Store também sofreu os efeitos da pandemia. De acordo com a microempresária Silvia Malissi, o faturamento da loja teve queda de 30% desde o início do isolamento social. Além disso, um outro fator agravou a situação: quando o varejo foi autorizado a voltar a funcionar, Silvia não pôde abrir suas portas de imediato, pois a loja fica dentro de um salão de beleza, segmento que só teve autorização para voltar a abrir alguns dias depois.

Diante do cenário de crise, ela decidiu lançar a campanha “Compra do Bem” que, além de ter o intuito de estimular as vendas de suas peças, doará alimentos para a comunidade da favela Morro do Mandela, localizada na região Norte da Capital.

“Vinte por cento do valor de cada venda realizada na loja durante os meses de abril e maio será destinado para comprar alimentos, montar cestas e distribuir para os moradores daquela região. Por mais que a gente seja pequeno e não tenha um faturamento como o das grandes marcas que já estão estabelecidas, tem gente que tem muito mais necessidade do que a gente. E eu acho que a gente pode passar por vários perrengues na vida, mas faltar comida na mesa é a pior coisa que pode acontecer. Toda doação será também um gesto de amor”, conclui.

Beber para ajudar

Antes mesmo que o decreto da prefeitura pedisse o fechamento dos estabelecimentos, o Eden Beer fechou as portas para preservar a equipe e os clientes. Depois de 20 dias fechados, o pub retomou as atividades, mas só para entrega e retirada de growler.

Foi quando o empresário Juliano Xuxa teve a ideia de doar uma cesta básica a cada barril de 50 litros de chopp vendido. “Se pra gente não estava fácil, imagina pra quem tem menos que a gente, né? Foi esse meu pensamento quando lancei a campanha”, explica.

A campanha foi super bem recebida pelos clientes, que também têm feito doações por conta própria. “A gente reduziu um pouco o valor da venda, acho que isso também estimula. Mas não é só isso, porque muitos clientes vêm buscar o growler e me perguntam quanto custa uma cesta e doam o valor integral pra gente comprar a cesta. Além disso, viramos ponto de arrecadação de alimentos e materiais de higiene pessoal que os clientes trazem avulsos. Quando reunirmos uma boa quantidade, vamos fechar mais cestas básicas para doar”, finaliza animado.

A sua empresa ou alguma empresa que você conhece também está com uma iniciativa bacana assim? Conte pra gente nos comentários!

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