O e-commerce brasileiro cresceu 37,59% em um ano. Só em 2018, foram 930 mil sites de comércio on-line que venderam 123 milhões de produtos. Essa é a segunda maior expansão desde 2014, de acordo com o estudo Perfil do E-commerce Brasileiro realizado pelo PayPal e BigData Corp.
Ainda de acordo com o levantamento, atualmente, os sites pequenos – que possuem até 10 mil visitas mensais – dominam 88,77% do mercado. Os números mostram que essa é uma forte tendência para os próximos anos.
Por ser uma boa alternativa para quem quer empreender ou expandir o seu negócio, conversamos com a analista de relacionamento do Sebrae MS, Renata Maia, sobre alguns princípios básicos que devem ser seguidos e também algumas dicas para que você faça as escolhas certas e transforme o seu e-commerce em um negócio de sucesso. Acompanhe:
- Proporcionar boa experiência para os consumidores;
- Ter uma plataforma de pagamento segura;
- Cuidar da gestão do seu e-commerce;
- Dica extra: Como aumentar as vendas do final de ano no seu e-commerce.
Proporcionar boa experiência para os consumidores
Pense que, para atrair um cliente em uma loja física, o ambiente precisa estar limpo, organizado e com os preços visíveis. E o mesmo precisa acontecer em um e-commerce, por isso que a navegação deve ser fácil e proporcionar uma boa experiência para quem está visitando a sua página on-line.
Ter um layout bonito e organizado é um diferencial e influencia diretamente na experiência de compra. Mas não só o design proporciona uma boa experiência para os seus clientes, muitas lojas ainda não possuem design responsivo – que se adaptam às telas menores, como smartphone, tablets e outros.
O design responsivo traz uma evolução para os sites em um novo contexto, porque antes, bastava ter um site com resolução máxima de 1024×768 pixels – sendo este o único tamanho das telas dos computadores. Mas agora os tempos mudaram e o acesso pode ser feito em qualquer dispositivo, desde celulares com telas de 2″ até 5″ polegadas, até mesmo em telas de TV de 50’’ polegadas, e o seu site deve ser adaptável para qualquer variação nos tamanhos de tela.
Ou seja, o que antes era uma tendência, agora virou necessidade, já que, de acordo com o estudo do Perfil do E-commerce brasileiro, até 2020 cerca de 50% das compras on-line serão feitas por meio desses eletrônicos de telas menores.
Outro dado interessante que a pesquisa mostrou é que o e-commerce brasileiro também não facilita o acesso para quem tem dificuldades visuais ou auditivas. Em 2019, apenas 0,02% dos sites não apresentaram problema com isso, o que deve ser corrigido daqui para frente pelos empreendedores desse segmento.
Ter uma plataforma de pagamento segura
O que gera insegurança para os consumidores são as opções de pagamento. Como administrador de um e-commerce, você precisa estar atento em dois pontos: deixar o mais claro possível as condições de pagamento e quais as plataformas seguras você trabalha.
Algumas das plataformas mais usadas no Brasil são Cielo, PayPal e PagSeguro. E quanto mais reconhecido pelo consumidor, mais seguro ele fica para efetuar a compra no seu site.
Mas você também precisa sempre se atualizar nas tendências do mercado, porque já são realizados estudos para que o consumidor não precise mais passar as informações do cartão de crédito e possa utilizar apenas o digital, ou qualquer outro tipo de identificação para finalizar o pagamento. Assim o processo fica muito mais confiável e reduz os riscos de fraude, por exemplo.
Cuidar da gestão do seu e-commerce
Como em qualquer empresa, seja ela física ou on-line, fazer a gestão do seu negócio é fundamental. De acordo com a analista do Sebrae MS, Renata Maia, além de planejar as suas compras, anotar as vendas, estipular uma margem de lucro e ter capital de giro para investir no seu negócio, você precisa ter controle do seu estoque, independentemente se sua empresa trabalha com encomendas ou não.
Outro ponto destacado pela Renata é o processo de entrega, porque além de saber o prazo, você precisa consultar qual a melhor opção de custo para a sua empresa. E-commerces menores, por exemplo, usam o serviço dos correios, mas, dependendo da demanda, fica mais viável contratar uma transportadora.
“O empreendedor de um e-commerce tem que pensar que do outro lado da tela tem um consumidor na expectativa de receber esse produto o mais rápido possível. Então o prazo das entregas e valores têm que ficar claro para o usuário, e como serão realizadas as trocas de produto se o cliente solicitar”, explica Renata.
Dicas de venda para o final do ano
Engana-se quem pensa que o principal motivo de compra é o preço. Acredite, se você conseguir agregar valor àquilo que você está vendendo e fazer com que o seu cliente perceba isso, esse será o fator decisivo para ele comprar na sua loja on-line.
De acordo com as pesquisa realizada entre o PayPal e BigData Corp, a categoria de produtos entre R$ 100 e R$ 500 cresceu cerca de 5%, de 6,45% no ano passado, para uma participação de 11,30% em 2019.
A estratégia por trás disso e que está funcionando para os e-commerces, é conhecer muito bem o público-alvo para direcionar conteúdos em diversos canais. De acordo com Renata, você precisa saber quais produtos ou serviços são mais atrativos para o seu público, pensar e investir em boa divulgação nas redes sociais, além de fazer a entrega no prazo acordado.
Resumindo: para você fazer mais vendas, precisa se relacionar, entender o seu cliente e oferecer conteúdo de qualidade para agregar valor aos seus produtos e à sua marca.
E não esqueça: se precisar de ajuda no planejamento do seu negócio ou em vendas e marketing, conte com os consultores do Sebrae MS.