Depois de realizar testes no Canadá, a rede social Instagram fez atualizações e ocultou o número de likes em fotos e visualizações em vídeos de contas do Brasil também. A ideia é que a rede se torne um ambiente menos tóxico e competitivo.
“Não queremos que as pessoas sintam que estão em uma competição e nossa expectativa é entender se uma mudança desse tipo poderia ajudar as pessoas a focar menos nas curtidas e mais em contar suas histórias”, diz a nota divulgada pelo Instagram.
A novidade, anunciada há pouco mais de uma semana, ainda é experimental (e não definitiva) e ficará disponível apenas para algumas contas. A intenção é boa, mas a mudança pode trazer alguns impactos, sobretudo para as pessoas que usam a rede como negócio, como os influenciadores digitais; para as empresas que usam os serviços desses influenciadores e também aquelas marcas que possuem uma conta comercial na rede social.
Para Leandro de Freitas Bravo, da Celebryts, a mudança abre muitos caminhos possíveis.
“O sentimento é de que tudo é muito embrionário ainda. Estamos falando de uma única rede social, que é importante, claro, mas não dá para ignorar que basicamente todas as outras redes sociais também utilizam o like. Essa mudança pode significar que o Instagram está iniciando um movimento que as outras redes vão aderir ou vamos perceber que o like é algo de fato muito importante para o público, a ponto de não gostarem da novidade e migrarem para as outras redes”, explica.
Apesar de a ideia do Instagram ser a valorização do conteúdo, tornando-se uma rede mais criativa, inspiradora e motivadora, Leandro não acredita que o “fim” dos likes vá, necessariamente, fazer com que as pessoas se preocupem em produzir conteúdos melhores; mas confia que, aqueles que já produzem conteúdos relevantes, serão mais reconhecidos. “Acredito que o que vai diminuir é o número de postagens que usam o like como fator determinante para alguma coisa, como promoções, e a venda de likes fakes também. Para quem trabalha de forma correta, o conteúdo sempre foi um fator levado em conta”, afirma.
Resultados que se garantem
Isso também é o que afirma Carmen Juliana. Atuando como influenciadora digital desde 2010, quando os blogs estavam no auge e o termo ‘influenciador’ nem existia, a jornalista acredita que a mudança não vai impactar negativamente o seu negócio.
“As agências, empresas e marcas que trabalham com influenciadores têm várias maneiras de avaliar o engajamento, que vai muito além dos likes, vai pelos comentários, pelo alcance, pelo retorno off-line que a marca tem. Antes de fechar parceria, recomendo analisarem o histórico completo do profissional”, comenta.
Com uma trajetória que iniciou nos veículos tradicionais de comunicação de Mato Grosso do Sul, passou por uma mudança para ajudar o pai na empresa de construção civil da família e culminou no CaJu In Dica, que desde 2014 compartilha dicas de lifestyle para mais de 200 mil seguidores, CaJu afirma que sempre investiu na profissionalização do seu Instagram, justamente para torná-lo um canal de informação e publicidade de credibilidade.
“O Instagram está dificultando cada vez mais, pois o algoritmo tem diminuído a porcentagem de entrega. A gente sabe que a intenção deles é rentabilizar a plataforma; então, a maneira de ‘driblar’ tudo isso é realmente produzir conteúdo de qualidade, autêntico, que impacte o público. Quando as pessoas gostam do que você produz, elas se interessam, interagem e você consegue ter um engajamento cada vez melhor”, explica.
E o meu negócio?
A CaJu é influenciadora digital, mas é também uma empreendedora. As dicas dela servem para qualquer empresa que possui uma conta no Instagram. Aqui você confere mais dicas sobre como manter uma rede social atrativa e até vender pelo Instagram.
Você pode também sempre contar com as soluções do Sebrae/MS para o seu negócio.